A contista canadense Alice Munro ganha o Nobel de Literatura

Frequentemente comparada a Tchekhov (que não venceu o Nobel), Alice Ann Munro já lançou 13 livros de contos, um romance e cinco antologias. O primeiro, Dance of the Happy Shades, é de 1968, e o mais recente, Dear Life, do ano passado. Em 2009 recebeu o prestigioso Man Booker Prize International, pelo conjunto da obra. Recentemente, declarou em entrevistas que não pretende mais escrever.

O júri do Nobel justificou a escolha, que desbancou a jornalista bielorrussa Svetlana Alexievich, e o romancista japonês Haruki Murakami, favoritos nas casas de apostas, declarando que “embora seja essencialmente conhecida como contista, mostra a profundidade, sabedoria e precisão que a maior parte dos ficcionistas só consegue alcançar numa vida inteira a escrever romances.” O New York Times publicou uma crítica em que dizia que “suas histórias têm a intimidade de um álbum de fotos de família e a sensualidade da vida real”.

No Brasil a Companhia das Letras lançou três de seus livros: Fugitiva (2006), Felicidade Demais (2010) e, nesse ano, O Amor de uma Boa Mulher, lançado originalmente em 1998, vencedor do National Book Critics Circle Book Award. A editora Globo lançou, por sua vez, Ódio, Amizade, Namoro, Amor, Casamento.

Seus contos, que normalmente têm como cenário a região sudoeste da província canadiana de Ontário onde nasceu, de uma família de caçadores de raposas, costumam ser publicados nas mais importantes revistas literárias, como The New Yorker, Paris Review, Atlanthic Monthly, Granta e Harper’s Magazine.

Ela vai receber cerca de 1,25 milhão de dólares como prêmio. O vencedor do ano passado foi o chinês Mo Yan.

O livro Dear Life vai ser publicado pela editora Companhia das Letras, em novembro. 


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