Quando começou a escrever The Luminaries, Eleanor tinha apenas 25 anos. Agora aos 28, recém-completados, seu romance de 832 páginas também lhe rendeu o The Man Booker Prize deste ano. O anúncio do prêmio foi revelado hoje, dia 15, em cerimônia no Guidhall, em Londres.
Eleanor é audaciosa, claro. Além de ser também o mais longo a ganhar o prêmio, seu livro – o segundo de sua carreira, de acordo com os críticos, reúne Wilkie Collins e Herman Melville e ainda traz algo totalmente novo. E parece que o júri deste ano realmente se deliciou ao ler The Luminaries. Após lê-lo três vezes, Robert Macfarlane, um dos juízes, descreveu o livro como “deslumbrante”. Ele e seus colegas ficaram impressionados com a técnica de Catton, mas foi sua narrativa extremamente emocionante que os encantaram. “É um romance com o coração. Os personagens estão na Nova Zelândia para vencer e a única coisa que lhes perturba é o amor”, define Macfarlane.
E do que se trata The Luminaries, então? O livro, dividido em doze capítulos, se debruça sobre o ano de 1866, durante a “corrida do ouro” da Nova Zelândia (Eleanor é neozelandesa) e envolve assassinato e muito mistério. Uma das genialidades da obra reside no fato de Eleanor ter revezado as múltiplas vozes dos personagens para contar suas próprias histórias e gradualmente revelar o que aconteceu na pequena cidade de Hokitika, na Ilha Sul da Nova Zelândia.
Concorriam com Eleanor, outros cinco escritores: Jim Crace, com Harvest; NoViolet Bulawayo, com We Need New Names; Jhumpa Lahiri, com The Lowland; Ruth Ozeki com A Tale for the Time Being e Colm Toibin, com The Testament of Mary.
Este ano marca o aniversário de 45 anos do principal prêmio literário britânico que já destacou nomes como Salman Rushdie, Ian McEwan e Yann Martel.
Globo Livros lançará vencedora do Man Booker Prize.
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