Serpente fora d’água

NYPost

Na Califórnia, agora, parece que teretetê aparece uma serpente marinha gigante. Vão à praia mais do que a Eloísa Pinheiro, a garota de Ipanema nos bons tempos. Será que alguém deu a ordem: “Release the Kraken”? Pelo menos foi o que gritou o deus Poseidon no filme “Fúria de Titãs”, e deu certo. Em meados desse outubro, uma oceanógrafa achou uma das béstias ainda sob as águas e, com ajuda, puxou aquela esquisitice para a terra. O monstro media 5,4 metros de comprimento. O espanto da descoberta nem havia passado e outra cobrona d’água pintou no pedaço, mais exatamente em Oceanside, alí pertinho de San Diego. Daqui a pouco aquilo lá vira um Butantan aquático.

A gente só via serpente marinha gigante em filmes classe B de antigamente. Aquele bichão se enrolando nos navios, amassando submarinos, engolindo barcos salva-vidas numa só bocanhada. Mas todo mundo assumia que era cascata: perpetrada com efeitos não muito especiais. De repente, a criatura começa a aparecer mais do que Black Block na Avenida Paulista. Já estou vendo a hora em que a Nana Gouvêa vai pular sobre a cobra e sensualizar, numas fotos que ridicularizarão as leis da Física.

O que pensar de tudo isso? Que deu a louca no mundo? Que é culpa da Web? É consequência dos leilões de poços do Pré-Sal? Sei lá! Imagino que o aquecimento global tenha culpa no cartório. O mar não está para peixe – ou cobras – e os bichos vêm à tona para tomar uma fresca. É o chamado calor no baiacu.Tem até um documentário de televisão mostrando umas sereias (ou sereios, já que são feios para dedéu) pintando em praias e bulindo com equipes de oceanógrafos. Dito assim parece mentira de pescador, mas as imagens são muito impressionantes. E o pior não nem é isso. Recentemente foram encontrados pacus em Paris e nas praias suécas. Pra quem não sabe, o brasileiro pacu gosta de comer escroto. O sujeito está nadando, com tudo solto como saco em bombacha, e o peixe vem mordendo, arrancando as jóias da família. Pode?

O instituto de oceanografia de Estocolmo lançou aviso público para que os banhistas, neste verão, não entrasse na água sem sunga de latão. Tentaram ser positivos dizendo que o pacu não sobreviveria muito tempo nas águas geladas do Atlântico Norte. É sim…E como é que o bicho estava nadando por lá? Com o aquecimento das águas a pacuzada pode estar fazendo tour na escandinávia sem medo. Os parisienses não entram no Sena, mas se o fizerem, com aqueles maiozinhos que a francesada gosta de envergar, vai ter confit de canard no menu do pacu.

Em agosto, um tubarão foi encontrado num vagão do metrô de NY.

E se um peixinho do tamanho de um lambarí faz de tamanho estrago, imagine do que será capaz uma serpente marinha de mais de cinco metros. Por enquanto só acharam cobra morta, mas o que acontecerá quando alguém der de cara, ou de virilha, com uma béstia daquelas viva? Para os que acham que isso é impossível, basta dizer que neste último verão de Nova York, passageiros de um metrô do Queens encontraram um tubarão viajando num dos carros. Dizem que algum pescador o colocou por lá. Mas do jeito como andam as coisas, é bem provável que o bicho tenha entrado na estação de Rockway Beach com destino à Times Square.


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