Ex-chefes de arrecadação da Prefeitura de São Paulo foram presos acusados de um desvio milionário. O Ministério Público comprovou um rombo de R$ 200 milhões ao longo de três anos. Mas a prefeitura estima que a fraude chegue a R$ 500 milhões pelo tempo em que o grupo atuou no esquema desvendado.
A operação, realizada hoje pela manhã foi apelidada de “Necator” (nome de um parasita), iniciada pela administração de Fernando Haddad (PT-SP), atinge em cheio a cúpula das finanças da gestão de seu antecessor, Gilberto Kassab (PSD-SP).
Um dos acusados das supostas falcatruas é o ex-subsecretário da Receita Municipal Ronilson Bezerra Rodrigues. Outro é Eduardo Barcelos, diretor de arrecadação do mesmo órgão. Eles eram da equipe do secretário Mauro Ricardo, de Finanças. Os outros presos são Carlos Augusto Di Lallo Leite do Amaral, ex-diretor da divisão de cadastro de imóveis e o agente de fiscalização Luis Alexandre Cardoso de Magalhães.
Os funcionários são acusados de integrar uma quadrilha que recebia propina de grandes construtoras para fornecer a elas certidões de quitação de ISS (Imposto Sobre Serviço) sem que pagassem tudo o que era devido. O documento precisa ser emitido para que as construções obtenham o habite-se da prefeitura.
De acordo com a prefeitura, eles foram exonerados dos cargos de confiança entre dezembro de 2012 e fevereiro deste ano, mas estavam trabalhando atualmente na prefeitura. Todos vão responder por processo disciplinar.
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