Peritos suíços indicam que Arafat foi envenenado

Relatório produzido por cientistas suíços que analisaram restos exumados do corpo do líder palestino Yasser Arafat, morto há 9 anos, indica que há uma chance de até 83% de ele ter sido envenenado com polônio, uma substância radioativa e letal.

A quantidade de Polonio 210 encontrada nos restos de Arafat são 18 vezes mais altas que o normal, mostra o relatório, divulgado na quarta-feira (6), pela rede de TV Al-Jazeera.

O estudo faz parte de uma investigação da Justiça francesa sobre a morte de Arafat. Especialistas forenses da Suíça, França e Rússia examinam desde o ano passado restos de ossos, cabelo e dentes do líder palestino.

O especialista em medicina forense britânico David Barclay, contratado pela Al-Jazeera para analisar os dados do relatório, defende que Arafat foi, sim, envenenado. “Na minha opinião, com certeza sua doença foi causada por envenenamento com polônio” disse Barclay à Reuters. “Os níveis encontrados são suficientes para a causa da morte.”

O líder palestino morreu em 11 de novembro de 2004, em Paris, menos de um mês depois de passar mal em sua residência em Ramallah, onde vivia cercado por tropas israelenses. Seus médicos não conseguiram determinar a causa da morte e nenhuma autópsia foi feita.

A viúva de Arafat, Suha, disse em Paris que o resultado do relatório comprova que seu marido foi assassinado. “Esse exame confirmou todas as nossas dúvidas”, disse ela. “Ele mostra cientificamente que ele não morreu de causas naturais.”

Com informações de agências de notícias.


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