Em apenas dez dias no ar, o “Balaio” me deu hoje mais um exemplo de como o jornalismo, de vez em quando, também pode servir de instrumento para fazermos alguma coisa boa aos outros, em lugar de só publicar denúncias, falar de desgraças e cultuar celebridades.
O exemplo veio da leitora Maria do Socorro de Souza em seu comentário das 12h06 em que ela faz um apelo: “Digam sim à doação, graças a um gesto desses estou viva!”
Tocada pela história dos dois militares em que um salvou a vida do outro ao doar seu rim para transplante, que postei no sábado (ver no índice do “Balaio”), Maria do Socorro conta o que aconteceu com ela:
“Como transplantada de rim duas vezes, com orgão de doador falecido, completando 12 anos de uma nova existência, após sete anos de longa e dolorida espera, exorto a todos aqueles que tiverem a oportunidade imitarem o gesto do Lyra em vida e também os que podem decidir sobre a doação de orgãos de seus familiares falecidos”.
Esta é uma boa semana para tratarmos deste tema vital para os milhares de brasileiros que aguardam nas filas de transplante.
Maria do Socorro me lembra que na próxima sexta-feira, dia 26, é celebrado o Dia Nacional de Doação de Orgãos.
Tenho certeza de que muitos outros leitores passaram por experiências iguais às da Maria do Socorro ou têm parentes e amigos que foram salvos por gestos como o do tenente-coronel aviador Geraldo Lyra, que doou seu rim em vida a um amigo.
Podemos usar este espaço na internet para contar estas histórias e motivar mais pessoas a doar seus orgãos.
Era este meu principal objetivo como mostrei no texto de apresentação do “Balaio” no último dia 11: fazer de todos ao mesmo tempo emissores e receptores de informações, trocando experiências, que é a grande revolução desencadeada pela internet nas comunicações humanas.
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