A polícia do Canadá anunciou ontem (14) que desbaratou uma vasta rede de pedofilia. O inquérito, já encerrado, interrogou 348 pessoas no mundo, incluindo religiosos, professores e profissionais de saúde. O inquérito foi feito em 50 países e deteve seis autoridades públicas – policiais ou magistrados -, nove dirigentes religiosos, 40 professores, três famílias de acolhimento, nove médicos, além de enfermeiros.
No total, das 348 pessoas interpeladas, 108 são canadenses, 76 americanos e outros 164 de países como a África do Sul, a Argentina, a Austrália, o Brasil, a Espanha, a Grécia, a Irlanda, o Japão, a Noruega e a Suécia, informou a polícia de Toronto.
Em maio do ano passado, a polícia deteve um residente de Toronto que foi apontado como o cérebro da rede.
A inspetora Joanna Beaven-Desjardins explicou que em outubro de 2010 o seu serviço de luta contra a exploração sexual das crianças tinha entrado em contato com um homem que partilhava na internet imagens de crianças vítimas de abusos sexuais.
O inspetor adjunto Gerald O’Farell afirmou que, no total, 386 vítimas menores foram “retiradas da exploração sexual”, mas “a sua vida está afetada para sempre”, declarou.
Ong utiliza boneca virtual para atrair pedófilos
Na Holanda, a Organização Não Governamental Terre des Homes (Terra dos Homens) criou uma espécie de armadilha para identificar pedófilos. Com o perfil de uma boneca virtual, voluntários da Ong entram em salas de bate-papo sobre sexo e se passam por uma menina de 10 anos de idade. O avatar simula movimentos humanos e possui traços de uma criança das Filipinas, um dos países que mais sofrem com a exploração sexual infantil.
A estratégia conseguiu identificar pedófilos de 65 países. Sem saber que Sweetie – nome do avatar – é uma simulação, eles caem facilmente na armadilha. Até agora, durante um trabalho de quatro meses, 20 mil homens, incluindo dois do Brasil, entraram em contato com Sweetie. A Ong conseguiu tirar fotos dos suspeitos quando estes ligavam a webcam para conversar com a boneca virtual, além disso identificaram a localização dos computadores de mil suspeitos. Todas as informações a respeito deles estão sob proteção da Interpol, que levará a investigação adiante.
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