O jogo contra Portugal não valia nada, mas para Dunga era matar ou morrer. Depois de ficar em tristes 0 a 0 nos três jogos que a seleção disputou no Brasil este ano, já estavam até escolhendo o seu substituto, mas ele mostrou que tem estrela.
Kaká e Luis Fabiano, que sairam do meu São Paulo para conquistar a Europa, mataram a pau e garantiram o emprego de Dunga pelo menos até o próximo carnaval. Por ironia do destino, o tricolor Muricy Ramalho, melhor técnico do Brasil, vai ter que esperar mais um pouco
Que belo jogo! Parecia até o velho Santos dos anos 60, que tomava um gol e não se abalava: partia para cima, na certeza de que era melhor do que o adversário.
É verdade que tinha tanto jogador bom naquele time do Santos, que o folclórico técnico Luis Alonso, o gordo e careca Lula, tantas vezes campeão, podia jogar as camisas para cima no vestiário e quem as pegasse dava conta do recado.
Agora não temos mais Pelé nem tantos craques como o Santos daquele tempo. Mas, esta noite em Brasília, o maestro Kaká pegou a 10 e Luis Fabiano a camisa 9, como se fossem Pelé e Coutinho, e fizeram a festa da torcida em Brasília numa memorável goleada de 6 a 2 contra a seleção portuguesa de Cristiano Ronaldo, agora sem Felipão.
Luis Fabiano, que os espanhóis chamam de Fabuloso, fez três belos gols e até Adriano marcou o dele (Maicon e Elano completaram a goleada). Depois de muito tempo, deu gosto de ver a seleção brasileira jogar, lembrando os bons velhos tempos em que o Brasil, como o Santos dos anos 60, jogava fácil, tocava a bola pra frente de pé em pé e fazia gols como quem brinca de jogar futebol.
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