Nesta quinta-feira (22), o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou o fechamento do centro de detenção de Guantánamo, em Cuba. A determinação foi uma das promessas de campanha do democrata. Além do fim da famigerada base americana em Cuba, criada pelo ex-presidente George W. Bush em 2002, Obama também reiterou o respeito do governo norte-americano à Convenção de Genebra.
O cumprimento da promessa de campanha mostra que Obama não chegou ao cargo político mais alto dos EUA para brincar. Mostra, também, sensatez e firmeza do novo presidente. Passa, ainda, clara mensagem de respeito aos direitos humanos, muito diferente da administração de Bush, infestada pela ideologia bélica e atrasada dos neocons.
A prisão de Guantánamo foi um dos símbolos do desastre da administração do último presidente nas áreas de direitos humanos e relações internacionais. Aberta depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, foi uma das ações na chamada “Guerra contra o terrorismo”.
Nos subterrâneos da prisão, o que houve, na prática, foi uma coisa só: tortura e abusos das agências de “desinteligência” dos Estados Unidos. Ao fim e ao cabo, trouxe mais antipatia do mundo aos Estados Unidos. A propósito, na mesma penada Obama também acabou com os interrogatórios secretos da CIA.
Obama podia dar fim definitivo a esse fantasma moral, transformando o local num parque, como aconteceu em São Paulo com a Casa de Detenção.
De qualquer modo, o novo líder começa o governo com um golaço.
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