Em 1966, a Bahia sediava a primeira bienal de artes do estado. O evento só se repetiria mais uma vez. Era 1968 quando a ditadura militar interrompia a segunda e última bienal de artes após dois dias de sua abertura. Hoje, o cenário começa a mudar. Após 46 anos, a 3ª Bienal de Artes da Bahia – marcada para acontecer em 2014 – pretende resgatar a história, além de propor formas e expressões artísticas sintonizadas com a contemporaneidade. O lançamento oficial da bienal foi feito ontem (2) no casarão do MAM-BA.
O diretor do MAM-BA, Marcelo Rezende, é o responsável por conduzir a produção e a realização da Bienal, juntamente com um conselho curatorial. A nova bienal substitui o Salão da Bahia, organizado pelo mesmo museu durante 16 anos.
O evento acontecerá de 29 de maio a 4 de setembro de 2014. Serão 100 dias de exposições e atividades educativas que vão ocupar diferentes espaços culturais e sociais da capital e do interior do estado. Segundo Rezende, as ações serão distribuídas não só pelos museus de Salvador e centros culturais do estado, mas também pela Biblioteca Pública do Estado da Bahia, nas universidades e em outros locais expositivos, inclusive residências e espaços menos convencionais.
É tudo nordeste? é a indagação que move o projeto curatorial, uma questão que impõe um ato de aproximação da produção cultural e artística da região, em suas mais diversas perspectivas: o Nordeste como condição geográfica, construção histórica e ainda como potente peça do imaginário.
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