Saudade dos Fab Four

Saudade. No dicionário Houaiss, sentimento mais ou menos melancólico de incompletude, ligado pela memória a situações de privação da presença de alguém ou de algo, de afastamento de um lugar ou de uma coisa, ou à ausência de certas experiências e determinados prazeres já vividos e considerados pela pessoa em causa como um bem desejável.

Hoje, 30 de janeiro, é o Dia da Saudade.

Nessa mesma data, mas 40 anos atrás, em 1969, em dia tipicamente londrino, com vento frio e um pouco de cinza no céu, a maior banda de todos os tempos se despedia dos “palcos”.

No entanto, de uma forma que só eles poderiam pensar em fazer. John, Paul, George e Ringo subiram no telhado dos estúdios da Apple Records e lá permaneceram por 40 minutos. Logo que o primeiro riffe de guitarra foi tocado, uma multidão começou a se juntar em volta do telhado e embaixo, na Rua Saville Row. A polícia apareceu e acabou com a festa, apesar dos protestos de Mal Evans, assistente do grupo, que argumentou não se tratar de qualquer um que estava lá. Eram os Beatles, oras! A apresentação entrou para a história e foi incluída no filme Let it be (1971).

Pouco tempo depois, os Beatles encerravam as atividades. Não havia mais, em cada um deles, o espírito jovem, rebelde, alegre e unido, capaz de fazer com que subissem no telhado para tocar rock and roll.

Saudade, saudade.

Veja “Don’t let me down” no show do telhado da Apple Records:



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