Convergência de Gerações

Luana Scahbib, Luiza Villaméa e Carla Matsu. Foto: Hélio Campos Mello.
Luana Schabib, Luiza Villaméa e Carla Matsu. Foto: Hélio Campos Mello.

Discute-se, em Jornalismo, em uma espécie de conflito de gerações, a convivência dos produtos que usam papel e tinta – como esta revista que você tem nas mãos – com os meios digitais – como o computador que você está usando para ler este texto.

Apesar de hamletiana,  do ser ou não ser digital, do continuar ou não continuar os caminhos de Gutenberg, nesta discussão falta o que realmente importa: a qualidade daquilo que se produz. Onde se publica e a maneira que se publica, se na tela, no papel ou em ambos, é contingência a ser exercida com eficiência.

Portanto, importante é o que está simbolizado aqui nesta foto, ou seja, quem conta a história, quem produz o conteúdo. As moças sorridentes desta página (ou desta tela) simbolizam o time que faz a Brasileiros, toda nossa equipe e nossos colaboradores. E isto é importante, não da forma arrogante que normalmente jornalistas se atribuem importância, mas, sim, pela busca da satisfação em fazer um trabalho bem feito, que seja útil e, como consequência, prestigioso. Assim como nos ofícios de um bom marceneiro ou de um bom jardineiro, prestigiados pela honestidade, pela qualidade e confiabilidade de seu trabalho.

Luana Schabib, de blusa branca na foto, nasceu em Corumbá (MS), e é Gestora de Mídia Digital da Brasileiros. Formada em Jornalismo (2007), na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande, seu Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)  foi a monografia Rebeldia desejável: o gonzo jornalismo e a história da reportagem como estratégia de estranhamento da realidade na imprensa brasileira. Luana fez pós-graduação em Cinema, Vídeo e Fotografia na Anhembi Morumbi, em São Paulo. Trabalhou como videomaker, foi analista de mídias sociais e repórter da Caros Amigos.

Carla Matsu, à direita na foto, nasceu em Presidente Prudente (SP) e é uma das repórteres do nosso site. Formou-se em Jornalismo junto com Luana, em Campo Grande, e fez pós-graduação em Cinema, Vídeo e TV na Faculdade Belas Artes, em São Paulo. Seu TCC foi o livro-reportagem Percepções de um Novo Olhar – Histórias de Transformações Através da Arte. Carla trabalhou em revistas em Campo Grande, onde escreveu sobre Comportamento e Cultura e mudou-se para São Paulo em 2011, quando trabalhou na redação do site Peixe Urbano. Luana e Carla, excelentes profissionais, assinam a matéria de capa desta edição, uma radiografia da Geração Y, da qual elas são também ótimos exemplos.

Sem nenhum conflito de gerações, o cativante sorriso no meio da foto é da jornalista Luiza Villaméa, repórter especial da Brasileiros. Formada em 1989 pela Faculdade Cásper Líbero, e mestre em História pela USP, com a dissertação Adhemar de Barros: a origem do “rouba, mas faz”, Luiza é coautora dos livros Investimentos em Educação, Ciência e Tecnologia: o que Pensam os Jornalistas (UNESCO, 2004); e 200 anos da Imprensa no Brasil (Editora Contexto, 2008). Antes de vir para a Brasileiros trabalhou nos jornais Folha da Tarde e O Globo e nas revistas Veja e IstoÉ. Ela nasceu em Dom Silvério, pequena cidade mineira, também terra natal do boiadeiro Manuel Nardi, o Manuelzão, imortalizado na obra de Guimarães Rosa. Antes de desembarcar em São Paulo, em 1987, estudou em João Monlevade (MG), Belo Horizonte, Lodz e Varsóvia, na Polônia. Sua série de reportagens Filhos do Brasil, trouxe o primeiro Prêmio Esso para a revista Brasileiros neste nosso aniversário de 6 anos. 

 É por tudo isso que peço licença ao professor de Jornalismo da Escola de Comunicação e Artes da USP, Carlos Chaparro, doutor em Ciências da Comunicação, para republicar o elogio por ele feito ao pessoal aqui da Brasileiros e que muito nos honrou:

“Parabéns! O jornalismo que vocês fazem desmonta o discurso saudosista dos que acham que tudo era melhor antigamente”.


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