As obras do Trecho Sul do Rodoanel, em São Paulo, já provocaram a morte de 105 animais silvestres, grande parte de espécies ameaçadas de extinção, em áreas de mata atlântica. Quase 140 animais foram enviados para recuperação em parques e clínicas veterinárias e outros 371 foram devolvidos para a mata atlântica, segundo a Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S. A.), que administra a obra do Rodoanel.
Segundo a empresa, os animais encontrados nas áreas e que precisam de atendimento veterinário são levados para parques ou encaminhados ao Departamento de Parques e Áreas Verdes (Depave), da Secretaria Municipal do Verde e Meio Ambiente de São Paulo. No entanto, 21,9% dos que passaram pela Dersa morreram.
Para o professor da Unesp Dênis Abessa, pesquisador das interferências da ação humana no Parque Estadual Xixová-Japuí, em São Vicente, o fato pode caracterizar crime ambiental. Já o gerente de Gestão Ambiental da Dersa, Marcelo Arreguy Barbosa, diz que a empresa é preparada para executar manejo de animais silvestres e que a culpa das mortes é da natureza.
Não interessa quem é o culpado. O que interessa é que as obras estão causando mortes de espécies raras da fauna brasileira. Mortes que poderiam e deveriam ser evitadas. Lamentável.
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