É unânime entre especialistas e professores que o vestibular define o que os alunos do ensino médio vão estudar. Por isso, com a iniciativa do Ministério da Educação (MEC), o exame pode sofrer modificações estruturais e até ter um processo seletivo unificado entre 55 universidades federais. As universidades paulistas também podem ter primeira fase única e outros tipos de provas. Segundo Reynaldo Fernandes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o vestibular pode ter um novo sistema, melhor e mais democrático. Fernandes também concorda que o exame define o currículo do ensino médio e acredita que a discussão será rica para reavaliar o sistema. O MEC também quer usar a experiência do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para melhorar o processo seletivo.
Finalmente, a discussão chega aos níveis superiores e de gestão de educação no Brasil. Já estava mais do que na hora de o vestibular ser revisto para que o próprio sistema de ensino, principalmente o médio, seja também revisto. Os alunos ingressam no primeiro ano do ensino médio e já escutam a palavra “vestibular”. Grande parte do conteúdo ensinado tem um fim para o exame. Não é certo que o ensino prenda-se tanto à prova. Mais do que isso, é preciso rever o conteúdo exigido no vestibular, muitas vezes fórmulas, sistemas e textos decorados pelos estudantes somente para passar na prova. A discussão está aberta e isso já é muito positivo.
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