São Paulo paga e não recebe frota para Expresso Tiradentes

O velho ditado “o que começa mal, termina mal” é uma boa definição para o famigerado Fura-Fila, na cidade de São Paulo. Idealizado na gestão Maluf-Pitta, o projeto já consumiu quase R$ 20 milhões da São Paulo Transporte (SPTrans), mas não conta com nenhum veículo em funcionamento. Na gestão Marta Suplicy, quando o Fura-Fila foi rebatizado de Paulistão, a SPTrans pagou R$ 19,2 milhões para a Fundação Valeparaibano de Ensino (FVE) desenvolver uma “frota inteligente” de 15 ônibus. Os veículos seriam utilizados no corredor do Fura-Fila, hoje re-rebatizado de Expresso Tiradentes pelo prefeito Gilberto Kassab. Depois de seis anos, não existe um único veículo funcionando.

Alexandre de Moraes, atual secretário dos Transportes, disse que o contrato atual está no valor de R$ 27,02 milhões e foi suspenso em julho de 2008, sem justificativa para a execução do projeto. Seis meses depois, o convênio com a FVE foi extinto e o governo pensa em exigir ressarcimento do dinheiro. Para a FVE, a gestão anterior (Marta Suplicy) e a atual (Gilberto Kassab) abandonaram o projeto. A empresa diz que entregará quatro ônibus ainda em 2009.

O que começa mal nem chega a ser terminado. No Brasil, é assim, o ditado é reinventado. E fica o jogo de empurrar a culpa para a gestão anterior, retrasada… É sempre o mesmo filme.

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