Estava tudo fechadíssimo. Depois de muitas tratativas, um importante publisher do Rio de Janeiro convenceu José Dirceu a escrever um calhamaço autobiográfico. Seu cachê ficou acertado em 50 mil reais, que seriam fornecidos pelo bolso amigo de Paulo Marinho. Certo dia, o publisher diz por telefone a Dirceu, em meio a outros assuntos, que vai jantar naquela noite com o advogado e conhecido lobista Jorge Serpa. Dirceu resolve se convidar: “Ah, eu vou também.” E lá foram os dois. O assunto na mesa foi o livro, editor e autor estavam eufóricos com o projeto. A certa altura, Serpa chamou Dirceu a um canto. E desfiou uma série de robustos argumentos que acabaram por demovê-lo da ideia. “Isso vai te prejudicar” foi o principal. O publisher amaldiçoou mil vezes o momento em que Dirceu se convidou para ir com ele à casa do Serpa.
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