Na segunda-feira (4), o menor F.R.A. foi detido pela 11ª vez pela polícia de Diadema, na Grande São Paulo, onde mora com os pais. Ele tem apenas 12 anos e tentava furtar o carro de um sargento da Polícia Militar. Sua última infração, antes dessa, foi em janeiro, quando dirigia um carro furtado em altíssima velocidade por uma das avenidas mais movimentadas da zona sul de São Paulo. Os pais não sabem o que fazer.
O delegado Angel Gomes Martinez, da 1° DP da cidade, entregou-o à mãe com a condição de que ela deve apresentá-lo na Vara da Infância e Juventude, que vai decidir o que fazer com o garoto: deixá-lo internado por até três anos em uma das Unidades da Fundação Casa, permanecer em liberdade assistida ou receber uma advertência. O veredito sai em 45 dias.
Como é possível que sejam essas as únicas opções para um garoto de 12 anos? Será que não existe nenhuma outra alternativa para que ele pare de colocar a sua vida e a dos outros em risco? Será que o Estado não tem mecanismos para ajudar esse menino e a sua família, antes que ocorra uma tragédia anunciada? Algo precisa ser feito, para contrariar a profecia do promotor Thales Cesar de Oliveira, do Departamento de Execução da Vara da Infância e Juventude de São Paulo (Deij), que diz que “F.R.A. não tem desvio de personalidade ou distúrbios mentais. Ele apenas fez uma opção muito cedo pela criminalidade”.
|
||||
Deixe um comentário