A partir de hoje, 13, o acervo do Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio de Janeiro, fica maior. Juntam-se às telas Café (1935) e A Primeira Missa (1948), ambas de Cândido Portinari, mais 205 obras de um dos pintores mais representativos do modernismo no Brasil. Com isso, o museu carioca deterá um acervo com 243 obras do artista, tornando-se então a instituição com maior acervo público de suas obras.
De acordo com João Candido Portinari, filho do artista e responsável pela catalogação da obra do pai, a partir de agora o museu carioca figura entre os acervos públicos mais importantes do pintor. Além do Museu Nacional de Belas Artes, o Museu de Arte de São Paulo, o Masp, detém a importante série Retirantes, e os Museus Castro Maya (Chácara do Céu e Museu do Açude), do Rio de Janeiro, que juntos, são donos de mais de 100 obras de Portinari.
As 205 obras foram doadas pela Finep (Agência Brasileira de Inovação, antiga Financiadora de Estudos e Projetos) e se alinham à comemoração dos 77 anos do Museu Nacional de Belas Artes. Entre o acervo há pinturas, desenhos e gravuras que deverão ser expostas ao público a partir do final de maio. Segundo o MNBA, a mostra ficará em cartaz até setembro deste ano.
Cândido Portinari nasceu em 30 de dezembro de 1903, em uma fazenda de café em Brodowski, no interior de São Paulo, onde teve uma infância pobre. Entre as obras mais importantes estão O Plantador de Café e os painéis Guerra e Paz, instalados na sede da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York. Ele faleceu em 6 de fevereiro de 1962, vítima de intoxicação provocada pelas tintas que usava.
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