Luiza Trajano, presidente do grupo Magazine Luiza, fenômeno do comércio Brasileiro foi entrevistada pelo programa Manhattan Connection, do canal GloboNews na noite do último domingo (19). A entrevista ganhou destaque nas redes sociais devido às respostas de Luiza – fundamentadas em estatísticas recentes e na sua vivência no mundo dos negócios – ao jornalista Diogo Mainardi – a “personificação do copo vazio”, como ele mesmo se classificou.
A certa altura, Diogo ataca: “… Os juros estão subindo, o crédito diminuindo, a inadimplência aumentou pelo segundo ano consecutivo, a inflação aumenta, a indústria nacional foi sucateada… A pergunta é o seguinte: Quando é que você vai vender suas lojas para a Amazon?”
A dona da rede de 400 lojas, sem se exaltar, explica: “A inadimplência está totalmente sob controle, pelo contrário. Nunca tivemos um índice tão bom como nós terminamos agora em 2013 (…) Não é na minha loja não, é no Brasil. É no varejo brasileiro, eu não estou falando da minha loja, estou falando geral, e te dou índice, e te mostro. A inadimplência diminuiu, é estatístico isso (…) Eu vou passar a te mandar os dados do IDV por email, todo mês (…) Agora, a Amazon é uma realidade não é por isso que o Magazine vai ser vendido para eles (…) Magazine Luiza é muito forte no virtual, somos um case em Harvard, criamos uma loja que vende por computador desde 1992. Hoje, temos um site muito forte. E a gente sabe que 57% das pessoas que compram pelo site, visitam uma loja física”.
A dona da terceira maior rede de varejo do Brasil destacou que esta foi a “década do varejo”, reafirmando que, em 2013, o setor cresceu 5,9%, segundo os dados do Instituto de Desenvolvimento do Varejo, que indicaram também que só as redes de lojas vinculadas a esse instituto geraram 631 mil empregos, no mesmo período.
Mainardi também não sabia que os registros de inadimplência caíram 0,4% em 2013, em todo o país, conforme apuração da Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). Em dezembro, contra novembro de 2013, houve redução de 4,5%, descontados os efeitos sazonais. A entrevista, que ficou para história, é uma aula de como não fazer jornalismo.
Confira o vídeo abaixo, ou a versão na íntegra no site da Globo.
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