A notícia é boa, mas tem ressalvas. Em relatório divulgado nesta terça-feira (9), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) apontou avanços importantes na educação do Brasil nos últimos 15 anos. Segundo o estudo “Situação da Infância e Adolescência Brasileira 2009 – O Direito de Aprender”, cerca de 27 milhões de estudantes estão na escola, o equivalente a 97,6% das crianças entre 7 e 14 anos de idade. A Unicef aponta que a taxa de escolarização aumentou muito no País, pois houve “grandes investimentos” na área desde a década de 1990.
Agora, as ressalvas. Apesar de quase 98% de crianças entre os 7 e 14 anos presentes na escola, 680 mil estão fora, o que representa 2,4%. Segundo a Unicef, as crianças excluídas são de populações vulneráveis, como negras, indígenas, pobres, quilombolas, entre outras. Outro ponto negativo apontado foram os altos índices de repetência e abandono escolar, que causam impacto na adequação idade-série (aluno cursar a série indicada para a sua idade). Para a Unicef, o desafio para o País agora é melhorar a qualidade da educação e reduzir as desigualdades.
Há o que se comemorar, mas dados para a reflexão e ação. O importante, no entanto, é ver que a educação entrou na agenda política do Brasil nos últimos anos e, espera-se, continue no centro para as próximas décadas. Até que, um dia, a Unicef tenha somente dados positivos sobre a educação no País.
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