Em seu livro, cujo lançamento foi noticiado hoje (23), na coluna da Mônica Bergamo da Folha de S. Paulo, o delegado licenciado da PF Protógenes Queiróz conta o que se passa dentro de uma base de inteligência, onde são feitas as transcrições das interceptações telefônicas, em tempo real. Confinados num quarto de hotel, janelas e cortinas fechadas, luzes acesas 24 horas, seis agentes secretos passam oito horas seguidas com os fones nos ouvidos. Cada um deles toma conta de um número, desviado para a CPU. Eles estão ali clandestinos. Se os que eles vigiam os descobrem, a base pode ser invadida. Eles conversam o mínimo entre si e se tratam por codinomes. Alguns não aguentam – e surtam. E então são encaminhados para tratamento e acompanhados de perto, pois detêm segredos valiosos. Num dos casos, relatado no livro, um policial invadiu a sala do diretor-geral aos gritos: “Vão me matar! Eu não quero morrer!”.
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