Nesta quarta-feira (24), entra em campo a última esperança brasileira na Copa Libertadores da América. De dois times, um estará na final e ainda poderá levantar a taça mais desejada do futebol sul-americano. Muitos apostavam em um paulista como último representante brasileiro na competição, já que o estado é responsável por seis das 13 conquistas brasileiras na competição, além de 8 vice-campeonatos. Porém, Palmeiras e São Paulo caíram nas quartas-de-final. O segundo para um dos protagonistas deste duelo de grande peso que se inicia nesta quarta.
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Agora, todas as fichas brasileiras estão apostadas no Cruzeiro e no Grêmio, de Minas Gerais e Rio Grande do Sul, respectivamente, dois estados que sempre lutaram pelo reconhecimento dado ao eixo Rio-São Paulo. Será o 50º duelo entre os dois times, na 50ª edição de Copa Libertadores da América.

A partida é de tradição e já decidiu campeonatos, como a Copa do Brasil de 1993. Na ocasião, o Cruzeiro sagrou-se campeão com uma vitória de 2 a 1 no Mineirão, após segurar o 0 a 0 na partida de ida, em Porto Alegre. Na Libertadores, competição na qual os dois times têm muito peso, os mineiros levam vantagem novamente. Foram quatro partidas disputadas, todas na edição de 1997. Na primeira fase, de grupos, uma vitória para cada lado (no Mineirão, 2 a 1 para o Grêmio e, no Olímpico, vitória do Cruzeiro, por 1 a 0). As duas equipes se cruzaram novamente nas quartas-de-final da mesma competição e, após abocanhar os gaúchos em dois jogos (vitória de 2 a 0 em Belo Horizonte e derrota por 2 a 1 em Porto Alegre), a Raposa seguiu soberana para o bicampeonato sul-americano.

No confronto geral, a vantagem também é cruzeirense. São 49 jogos, com 24 vitórias mineiras contra apenas 12 gaúchas e 13 empates. Mas, para quem se baseia em estatística e história, aí vai uma curiosidade que põe o Grêmio de volta no páreo. O técnico que após eliminar o Grêmio levou o Cruzeiro ao título da Libertadores de 1997 foi Paulo Autuori, justamente quem está no comando do tricolor gaúcho hoje.

Quer mais? O treinador carioca nunca perdeu uma edição da Libertadores. Participou de duas e, além do título com o Cruzeiro, também levantou o caneco em 2005, com o São Paulo. Curiosamente, na conquista dos dois títulos Autuori assumiu o cargo durante a competição, fato que se repetiu esse ano com o Grêmio. Para quem acha que as coincidências acabam por aí, está enganado. Dois anos antes de ser eliminado pelo Cruzeiro em 1997, o Grêmio tornou-se bicampeão da Libertadores. Na equipe, o zagueiro Adilson foi um dos guerreiros comandados por Luiz Felipe Scolari. Hoje, ele é Adilson Batista, técnico da Raposa.

Histórias não faltam para esse clássico que atualmente conta com duas das melhores equipes do Brasil. Hoje, no Mineirão azul e lotado, em Minas Gerais, será o primeiro passo. No dia 2 de julho, a partida será num tricolor Olímpico, no Rio Grande do Sul. Quem sobreviver nesse duelo estará muito perto do tricampeonato sul-americano, feito só alcançado pelo São Paulo no Brasil. Tudo indica que mais um belo capítulo será escrito na história do confronto e do futebol brasileiro.

Veja mais números do confronto no blog do iG, Futebol em números


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