Londres, 5 de julho de 1969. Cerca de meio milhão de pessoas se reuniram no Hyde Park, em Londres, para conhecer o novo guitarrista dos Rolling Stones, Mick Taylor. O jovem músico entraria no lugar do fundador da banda, Brian Jones, que havia sido despedido menos de um mês antes, devido ao uso excessivo de drogas. Eis que uma fatalidade surpreendeu a todos. Brian Jones morre afogado em sua piscina, aos 27 anos, apenas dois dias antes do lendário show que marcaria a apresentação do novo guitarrista. O concerto em Hyde Park tornou-se, então, um tributo a Brian Jones.
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O documentário The Stones in the Park, de 1969, é um registro de 52 minutos de um show que entrou para a história da música e do rock’n’roll. Mostra a comoção dos fãs e dos próprios músicos da banda com a morte de Brian. Mick Jagger entra no palco vestido de branco e, com um livro na mão, lê um poema de Percy Shelley em homenagem ao ex-parceiro de banda e amigo. No final da leitura, uma revoada de borboletas brancas invadem o palco e o Hyde Park. Uma bela homenagem a um músico excepcional e que foi embora precocemente.
A morte de Brian, no entanto, não ofuscou a eletricidade do grupo. Os Rolling Stones levantaram a multidão com Midnight Rambler, Jumping Jack Flash, Honky Tonky Woman, Sympathy for the Devil e Satisfaction, demonstrando – em apenas seis anos de carreira – a que eles vieram.
O show não tem a qualidade de outros tantos da banda e chega a ter um tom improvisado. Mas é essa a magia do rock’n’roll. Reunir 500 mil pessoas num show gratuito com o único propósito de celebrar a música. Eu estive em Hyde Park em 2007 e pude sentir a energia do local. Dois funcionários do parque me contaram orgulhosos como foi aquele dia, e eles garantiram que foi o melhor show que eles viram na vida.
Vida longa aos Stones. Vida longa ao rock’n’roll!
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