Beatles em alemão

O submarino amarelo na fachada do prédio já dá uma pequena ideia do que se pode ver nos quatro andares do museu que abriga a exposição “Beatlemania”, montada em Hamburgo. A cidade comemora os 50 anos das primeiras apresentações dos Beatles na Alemanha, antes de estourar mundo afora. A mostra, aberta no dia 29 de maio deste ano, tem previsão de ficar em cartaz por mais 3 anos.
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No final da década de 1950, início da década de 1960, os Beatles moraram em Hamburgo e fizeram diversos shows em um teatro pequeno e escuro, alternando as apresentações com outra banda inglesa que tinha o mesmo empresário. Naquela época, não eram quatro, mas cinco integrantes, e na bateria ainda não estava Ringo Starr.

A exposição começa mostrando justamente os cinco Beatles e a remontagem da casa de shows, com entrevistas e informações da época. Os bastidores dos shows, o backstage, as ambições modestas de John (que queria ser rico), Paul e George. O baterista naquele tempo era Pete Best, que depois foi substituído por Ringo, considerado o melhor de Liverpool.

Havia ainda Stuart Sutcliffe, que dizem ter sido responsável, ao lado de John, pelo nome The Beatles. Em Hamburgo, ele se apaixonou pela bela fotógrafa Astrid Kirchherr e resolveu ficar na Alemanha, deixando a banda no meio da turnê. Sutcliffe dizia que aquilo de banda não ia dar em nada. Ledo engano.

Depois da apresentação, a exposição mostra no que o grupo que não ia dar em nada, deu: alcançou os primeiros lugares na lista da revista Billboard inglesa, com as canções mais tocadas nas rádios, e consequentemente, no mundo.

Para mergulhar na atmosfera da banda, uma sala com todas as capas dos discos de vinil, um estúdio onde se pode cantar quatro canções dos Beatles, a bateria usada naquela turnê, fotos da viagem e a explosão da banda nos Estados Unidos, em 1964, mostrada pela reprodução dos gritos histéricos das inúmeras fãs americanas, que mal escutavam a música dos Fab Four. Aliás, as multidões em delírio levaram o grupo a parar de fazer grandes concertos.

Outra atração da exposição são trechos dos filmes Help, A Hard Day’s Night e Yellow Submarine, com a montagem de um submarino em um dos salões e imagens do desenho animado. Em outra sala enorme, dedicada a Sargent Pepper’s, por que não tirar uma foto agregando o visitante a psicodélica e surrealista capa do disco?

A exposição é um passeio pelo mundo dos Beatles, suas músicas, sua carreira, o sucesso estrondoso e fascinante, que leva até hoje milhares de fãs a buscarem um contato com o que foi esse fenômeno chamado Beatlemania. Em Hamburgo está uma parte dessa historia, um pedaço do inicio difícil, o que eram, o que vieram a ser e o que ainda são nos dias de hoje.

Não apenas Hamburgo está comemorando e relembrando os Fab Four. Em Berlim, a banda cover inglesa de maior sucesso na Europa faz apresentações em um festival de música e tem a casa lotada todos os dias.

É como se a plateia estivesse com os verdadeiros Beatles, não só nas músicas, mas nas roupas, nos rostos. Impressionante a semelhança de todos. O show tem um pouco de teatro, pois Paul, John, George e Ringo recontam a trajetória da banda e a evolução de suas próprias músicas. Desde o inicio, com She Loves You, até o final, com Let it Be.

Para alegria da plateia, que pede mais e mais. Beatles são sempre Beatles! Mesmo 50 anos depois.

Ouça She Loves You em alemão (Sie Liebt Dich):



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