Torcedor organizado não é torcedor, isso já é sabido por quem acompanha o futebol brasileiro.
Seria injusto afirmar que sempre foi assim. Na origem, essas torcidas eram sim bem intencionadas, representavam o restante dos fanáticos puxando a massa com cantos e artefatos festivos. Foi-se o tempo…
Hoje as organizadas não representam a torcida, representam dirigentes que, através de incentivos como passagens e ingressos para assistir jogos do clube no Brasil e fora, entre outros “agrados”, “compram” o apoio daqueles que acabam influenciando o restante dos fanáticos.
No último final de semana, afiliados da Gaviões da Fiel, a maior organizada do Corinthians, invadiram o CT do clube e tentaram agredir os jogadores, muitos deles, os mesmos que haviam dado, em 2012, as maiores glórias da história do alvinegro, a tão sonhada Libertadores e o Mundial Interclubes.
Objetos roubados, isotônicos bebidos e funcionários ameaçados. A tragédia só não foi maior por que os atletas conseguiram se esconder no vestiário e em outros cômodos do centro de treinamento. Entre as ameaças, segundo os funcionários que estavam no gramado, chegou a se ouvir que Emerson Sheik e Alexandre Pato teriam suas pernas quebradas.
Dessa vez parece que atitudes serão tomadas por parte da diretoria do clube, já que o bem estar de seus membros foi colocado em risco, porém, quantas tragédias no futebol brasileiro já aconteceram causadas pelos mesmos vândalos que queriam os pescoços, ou pernas, dos jogadores do Corinthians, e os culpados acabaram sendo acolhidos por seus times? Quantas mais precisarão acontecer até se constatar que as organizadas, no modelo como são regidas até agora, representam um câncer para o esporte mais popular do País?
Os jogadores já se manifestaram e pedem um basta. Articulados através do Bom Senso FC apoiado pelo Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo, ameaçam uma greve geral no Campeonato Paulista durante o próximo final de semana.
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