As agruras de um cliente falando com o “sistema” da Net

Assuntos mais comentados da semana

Antes de tratar do tema deste domingo, publico abaixo a relação dos três assuntos mais comentados na última semana neste Balaio, na Folha e na Veja, as duas publicações impressas de maior circulação no país.

Balaio

Trinta anos de PT: 391

A internet e o futuro dos jornais: 335

Hora de mudar de casa: 166

Folha

Senado/Sarney/Mercadante: 207

Palocci: 71

Dilma: 54

Veja

Roger Abdelmassih: 59

PT empalhado por Lula: 32

Lia Luft: 24

***

Deu tudo certo: água, luz, gás de rua, telefone, instalações diversas, todas as ligações e transferências feitas dentro do prazo combinado, na hora marcada. Ao mudar de casa esta semana, só um serviço deu mancada. O leitor ganha uma assinatura grátis do Balaio se me responder qual foi.

Fiz esta pergunta sobre o serviço que não funcionou a todos os amigos e parentes que encontrei pela frente neste sábado e, sem exceção, eles mataram a pau: “A Net, claro! Acertei?”. Ouvi histórias do arco da velha sobre este serviço de televisão a cabo, gente que passou semanas, meses para resolver um problema, foi ao Procon e apelou até à Justiça.

Liguei na segunda-feira para pedir a transferência do velho para o novo apartamento e fui muito bem atendido por uma funcionária. Até estranhei, e lhe dei a nota máxima quando fizeram comigo uma pesquisa sobre satisfação do cliente logo em seguida. Além da transferência de endereço, pedi apenas um ponto novo e ela me informou que nem precisaria pagar mais por isso. “Pois não, sim senhor, seu pedido já foi registrado no sistema”.

Foi a primeira de uma sem conta de vezes em que ouvi da Net a maldita palavra “sistema”, sem imaginar o que me esperava. A moça me informou que o técnico faria a instalação na sexta-feira, entre 12 e 18 horas, e ganhei um número de protocolo que mais adiante teria que repetir mil vezes, até já decorei: 00309013347438121.

Simplesmente não apareceu ninguém na sexta-feira, nem me deram uma satisfação. Liguei novamente para saber o que tinha acontecido e desta vez fui atendido por um rapaz que parecia meio nervoso: “O sistema está me informando que o seu pedido foi cancelado”.

Cancelado por quem, por que, como, perguntei-lhe. Mas isto o “sistema” não soube responder. O cara me alugou mais de uma hora no telefone para pedir todas as informações de novo e, ao final, quando eu já estava perdendo a paciência, informou-me que viria um técnico no dia seguinte entre 12 e 18 horas e outro entre 18 e 23.

Como assim? Por que já não fazem de uma vez tudo o que tem que ser feito para que eu não tenha que passar 11 horas em casa plantado à espera da Net? Segundo o “sistema”, só pode ser assim, e pronto e acabou.

Ao meio dia em ponto do sábado, apareceram dois solícitos técnicos que trabalham para firmas terceirizadas pela Net. Um deles, na verdade, me explicou que era quarteirizado. Com tantos intermediários entre a empresa, o cliente e o executor do serviço, começo a entender porque o “sistema” não funciona e deixa todo mundo furioso.

Eles também não souberam me explicar porque já não faziam tudo o que pedi de uma vez, mas resolvi não estragar meu fim de semana. Pelo menos a televisão da sala estava funcionando e eu poderia assistir ao jogo deste domingo entre o meu São Paulo e o Palmeiras dos genros.

Claro que não apareceu mais ninguém entre 18 e 23 horas. No sábado??? Nem pensar. Também não deram nenhuma satisfação e amanhã vou começar tudo de novo na minha batalha com o “sistema”. Não importa o nome do funcionário que te atende. Eles também não têm culpa de nada. Quem manda é o “sistema”.

Semana atípica

Às voltas com a mudança de apartamento, tema de dois posts esta semana, fiquei sem assunto e sem tempo para o Balaio, mas mesmo assim não posso me queixar. Mais do que a quantidade de comentários, que se mantevce dentro da média, apesar das poucas atualizações, o que me deixou mais contente foi a qualidade das mensagens enviadas, com depoimentos fantásticos sobre mudanças de casa e de vida.

No começo do Balaio, eu pedi para não fazer moderação – não apenas porque não pretendia censurar ninguém e queria deixar a área de comentários livre para cada um escrever o que bem entendesse, mas também porque não queria passar o dia inteiro escravo do computador;. Quando me pediram, no início deste ano, para fazer moderação e eliminar os comentários ofensivos de meia dúzia de cachorros loucos, pensei apenas no trabalho que iria me dar, mas não tinha outro jeito.

Pois posso garantir a vocês hoje que ler o que vocês escrevem me dá tanto prazer como publicar um post novo. Não são poucas as vezes em que os leitores não apenas complementam o que escrevi, como enviam textos priomorosos, melhores do que o original do blogueiro.

Foi o que aconteceu esta semana dezenas de vezes, mas recomendo especialmente a leitura de dois deles: a crônica “Minha derradeira mudança”, de José Ribeiro Júnior, enviada às 2:09 de sexta-feira, e os vários textos sobre o tema enviados por Salete Cesconeto de Arruda, o primeiro deles às 23:53 da quinta.

Se continuar assim, daqui a pouco posso só dar o tema e voces mesmos desenvolvem, escrevem o resto

Encontro do dia 11

Os leitores deste Balaio são tão especiais que já criaram um espaço só deles no Google, o Boteco do Balaio, onde batem papo à vontade sem a interferência do blogueiro. Por iniciativa deles, foi marcado para o próximo dia 11 de setembro, uma sexta-feira, quando o Balaio completa um ano no ar, um encontro dos leitores de todo o país. Vai ser aqui em São Paulo, depois do expediente. Quem estiver interessado em obter mais informações é só clicar no Boteco do Balaio entre os preferidos aqui ao lado no blog ou direto no Google.

Em tempo: já está no ar o blog do programa “Papo de Mãe”, uma produção independente que estréia dia 22 de setembro na TV Brasil: www.papodemae.com.br.

O programa será apresentado às terças-feiras, no horário das 18h30, com reprises ao longo da semana. Apresentação e direção de Mariana Kotscho e Roberta Manreza.


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