Mistérios da superstição

Inegavelmente, o torcedor corintiano não tem do que reclamar em 2009. O ano do clube de Parque São Jorge foi muito bom até aqui, com a conquista do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil, além de ainda estar na briga pelo título do Campeonato Brasileiro. Quer mais? O Timão pode se sagrar também campeão da Fórmula 1, e com muito merecimento.
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Lógico que a conquista seria simplesmente simbólica, mas quem tem acompanhado a conturbada temporada da F1 e seus quentes bastidores, sabe que o Corinthians tem um curioso e inexplicável peso na recente guinada de Rubens Barrichello. Mais especificamente, o manto corintiano.

O piloto brasileiro usou o uniforme alvinegro pela primeira vez nos bastidores do primeiro GP da temporada, na Austrália, e chegou na segunda posição. Os bons resultados pararam de vir e, após tantos anos e muitas tentativas frustradas de título na Formula 1, por que não apelar para a superstição? Barrichello usou novamente o manto no GP da Europa, realizado em Valência, e, coincidentemente ou não, o resultado foi excelente. Barrichello fez uma prova impecável, venceu a corrida e deu a centésima vitória para o Brasil na história da categoria. Além, é claro, de se aproximar do companheiro da equipe Brawn, Jenson Button, atual líder o campeonato, e entrar de vez na briga pelo título.

Talvez querendo provar para si mesmo que superstições não existem, Barrichello decidiu não usar o uniforme na corrida seguinte, na Bélgica, e o resultado foi um tímido sétimo lugar. Assim, Rubinho, talvez lembrando de um amigo seu, corintiano fanático e piloto fora de série, resolveu apostar no amuleto novamente. O amigo em questão é um tal de Ayrton Senna, último brasileiro a sagrar-se campeão da categoria. De novo, o inexplicável aconteceu, dessa vez no GP da Itália, em Monza. Rubinho, que largou em quinto, foi taticamente perfeito e abocanhou a segunda vitória na temporada. Depois do primeiro lugar na Itália, o Corinthians divulgou nota falando que o manto deu sorte à Barrichello.

Agora Barrichello está em segundo lugar, a apenas 14 pontos do líder Button, e ainda serão disputadas quatro provas. Nas últimas corridas, o desempenho do piloto inglês caiu muito e a equipe Brawn já anunciou que não existe primeiro e segundo piloto, ou seja, a luta pelo título será limpa e dependerá única e exclusivamente dos próprios pilotos.

Nesta quinta-feira, os pilotos chegaram em Cingapura para a disputa da 14ª etapa de 2009 e Barrichello resolveu “não mudar o time que está vencendo”. Chegou à pista trajando a mística camisa do Corinthians. Será que a história vai se repetir neste final de semana? Até agora, Rubinho usou a camisa nos bastidores de três GPs, com 30 pontos em disputa dos quais o brasileiro conquistou impressionantes 28!

O Corinthians é sinônimo de superação, sua torcida sempre cresceu e se destacou em momentos difíceis da sua gloriosa história e em campo a equipe nunca se dá por vencida. Uma trajetória muito semelhante à de Rubens Barrichello, que também nunca se deu por vencido, tanto nas pistas quanto fora delas. O piloto que mais disputou GPs em toda a história da Fórmula 1 e que perto de encerrar a carreira se encontra com chances reais de ser campeão e provar de uma vez por todas seu valor.


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