Após despacharem seus adversários no início da tarde pela segunda fase do Brasil Open, Thomaz Bellucci e Ricardo Mello se enfrentaram na noite desta sexta-feira (12) pelas quartas-de-final do torneio para decidir quem iria continuar representando o Brasil.
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Depois de um lindo dia, com muito sol e céu azul na Bahia, Ricardo Mello e Thomaz Bellucci entraram na quadra central do Brasil Open. Foi só trocarem as primeiras bolas no aquecimento, que a chuva, que tanto atrapalhou a vida dos dois tenistas, resolve aparecer de novo. Pelo menos dessa vez a interrupção durou poucos minutos.
Águas passadas, a partida finalmente começou. Logo nos primeiros pontos já deu para perceber para quem grande parte da plateia estava torcendo. Thomaz Bellucci era ovacionado a cada boa jogada e às vezes até se esquecia que seu adversário também era um brasileiro. Mas ,o que se viu no começo foi um Bellucci completamente irreconhecível. O tenista entrou nervoso em quadra, Ricardo Mello percebeu e se aproveitou. No terceiro game do set, Bellucci cometeu duas duplas faltas seguidas e teve seu saque quebrado. Mello, muito experiente, trocava bolas, esperando pelo erro de Bellucci, que teve seu serviço quebrado novamente e viu o adversário abrir vantagem de 5-1, sacando para fechar o set. Bellucci melhorou e conseguiu quebrar o saque de Mello uma vez. Teve a chance de quebrar novamente, mas desperdiçou e Ricardo Mello fechou o primeiro set em 6-3.
O segundo set começou da mesma maneira que o primeiro, com Bellucci cometendo erros banais para logo ter seu saque quebrado. Mas, apoiado pela torcida, dessa vez reagiu rápido e atendeu ao grito das arquibancadas, que a todo serviço de Mello entoava o coro: “Vamos quebrar!”. No game que teve seu saque quebrado, Mello chegou a reclamar com uma parte do público. Bellucci conseguiu levar a partida para o tie-break, mas era claro que esse não era o mesmo tenista que derrotara Daniel Gimeno Traver exibindo um excelente tênis, horas antes. Durante a decisão, por mais de uma vez Bellucci levou a mão à panturrilha, talvez apontando uma recente lesão, o que explicaria o mau desempenho. Mas, o fato é que Ricardo Mello foi mais jogador, soube neutralizar completamente o jogo de Bellucci e será o representante do País no Brasil Open. Quer a torcida queira ou não. O resultado final da partida ficou em 2 sets a 0, com parciais de 6-3 e 7-6 (7-3).
Mello, em um dia inspirado, lembrou que só hoje eliminou dois top 50 do mundo (pela manhã, ele passou pelo romeno Victor Hanescu, número 48 do mundo, em partida que deveria ser disputada na quinta-feira e foi adiada pela chuva). “Dá muita moral eu conseguir impor meu ritmo contra os dois tenistas. Espero que amanhã (sábado) vença mais um”. Neste sábado, Mello enfrenta o cabeça de chave número 1 do torneio, o espanhol Juan Carlos Ferrero, que bateu o argentino Carlos Berlocq por tranquilos 6-3 e 6-2. “Esse ano vai ser diferente, e eu espero o apoio de toda a torcida brasileira, ou quase toda…”, falou Mello, em tom de brincadeira, mas um pouco amargurado pela atitude da torcida no duelo contra Bellucci. Ele também se disse muito feliz por estar novamente na semifinal do torneio após cinco anos. Em 2005, o brasileiro enfrentou um até então desconhecido espanhol chamado Rafael Nadal, que após passar por Mello se sagraria campeão daquela edição do Brasil Open.
A outra semifinal do torneio será formada pelo polonês Lukasz Kubot, que bateu Fabio Fognini, da Itália, por 2 a 0, parciais de 6-3 e 6-1, e Igor Andreev da Rússia, que atropelou o uruguaio Pablo Cuevas por um duplo 6-1.
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