Estádio Paulo Machado de Carvalho, mais conhecido como Pacaembu. Neste 27 de abril de 2010, completa 70 anos de muita história e futebol. E algumas histórias ligadas à seleção brasileira e à Copa do Mundo. [nggallery id=14329] Antes de relembrar alguns fatos e curiosidades que envolvem Copa e seleção, já que esse é nosso assunto na contagem regressiva rumo à África do Sul, vamos contar um pouco sobre o grande dia da inauguração e os primeiros jogos do estádio.O Pacaembu foi inaugurado no dia 27 de abril de 1940, com a presença do então presidente Getúlio Vargas, vaiado pelo público paulistano (que não gostava dele por causa da Revolução de 1932), além do interventor Adhemar de Barros e do prefeito Prestes Maia. O projeto do estádio ficou a cargo do escritório técnico Ramos de Azevedo e a construção levou menos de dois anos para ser concluída.Somente no dia seguinte é que a bola começou a rolar, com duas partidas: Palestra Itália (atual Palmeiras) 6 x 2 Coritiba e Corinthians 4 x 2 Atlético-MG. O primeiro gol, no entanto, não foi marcado por um time da capital, e sim por Zequinha, do Coxa Branca, logo aos dois minutos do confronto contra o Palestra.O Pacaembu logo tornou-se o principal palco esportivo de São Paulo, com grandes jogos do Campeonato Paulista e outros eventos, como os Jogos Pan-Americanos de 1963, realizado na capital paulista. Mas, o assunto é seleção brasileira e Copa do Mundo. Vamos lembrar alguns momentos importantes que envolveram o time canarinho e também o maior evento esportivo do futebol.Copa do Mundo de 1950Foram disputadas seis partidas no Pacaembu durante o mundial realizado no Brasil. Na primeira fase, pelo grupo 3, dois jogos: Suécia 3 x 2 Itália e Itália 2 x 0 Paraguai. O azar do público paulista foi ver o pior jogo do Brasil na fase inicial: um empate por 2 a 2 com a Suíça, em partida que o técnico Flávio Costa escalou um time com cinco jogadores de times paulistas entre os titulares. Além dos três duelos, foram disputados mais três jogos pela fase final: Uruguai 2 x 2 Espanha, Uruguai 3 x 2 Suécia e Suécia 3 x 1 Espanha.Antes da Copa de 1958, Pelé se machucaFoi no Pacaembu o último treino da seleção brasileira antes da Copa da Suécia. Não foi bem um treino, porque o adversário era o Corinthians. A torcida alvinegra compareceu em peso ao jogo, pedindo a presença de Luizinho, o “Pequeno Polegar”, no mundial da Suécia. O clima era tão pesado que o zagueiro Ari Clemente entrou para quebrar o menino Pelé, que se machucou e perdeu os dois primeiros duelos da seleção de Feola no mundial. O “amistoso” terminou 5 a 0 para o Brasil, gols de Pepe (2), Garrincha (2) e Mazzola. E Luizinho não esteve no grupo campeão do mundo pela primeira vez.Despedida de Romário da seleçãoHá exatos cinco anos, a seleção brasileira despediu-se de um de seus maiores craques. Sim, foi no Pacaembu que o Baixinho Romário atuou pela última vez com a camisa amarela. O jogo contra a fraca seleção da Guatemala foi uma das atrações das comemorações dos 40 anos da Rede Globo. A CBF não conseguiu adversário mais forte, depois de recusas de Argentina, Uruguai e Equador. Mesmo assim, o jogo foi marcado por muita emoção. Com a faixa de capitão no braço esquerdo, Romário chorou logo na execução do hino nacional. Com a bola rolando, deixou sua marca, aos 16 minutos de partida, de cabeça, em posição duvidosa, depois de cruzamento primoroso de Ricardinho. Substituído por Grafite aos 39 minutos do primeiro tempo, o Baixinho foi abraçado por alguns jogadores do tetracampeonato na saída de campo, como Raí e Jorginho, e deu volta olímpica sob calorosos aplausos da torcida, que lotou o Pacaembu (mais de 36 mil pagantes). Apesar de não ter sido em sua casa, o Rio de Janeiro, e muito menos em seu palco preferido, o Maracanã, Romário foi acolhido pela torcida de São Paulo com muito carinho em sua última partida com a camisa 11 da seleção brasileira. Emocionante.Ficha técnicaBrasil 3 x 0 GuatemalaData: 27/04/2005Local: Estádio do Pacaembu, em São PauloÁrbitro: Martín Vázquez (Uruguai)Cartões amarelos: Romário (por levantar a camisa na comemoração do gol! Que isso, juiz!), Girón e MarcinhoBrasil: Marcos (Rogério Ceni); Cicinho (Gabriel), Anderson, Fabiano Eller (Glauber) e Léo; Mineiro, Magrão (Marcinho), Ricardinho e Carlos Alberto (Fernandão); Robinho (Fred) e Romário (Grafite). Técnico: Carlos Alberto Parreira.Guatemala: Miguel Klée (Motta); Nestor Martinez, Melgar, Cabrera e Denis Chen (Gomes); Fredy Thompson (Figueroa), Giron (Morales), Romero e Angel Sanabria (Dávila); Carlos Castillo (Aragon) e Sandoval. Técnico: Ramón Maradiaga.E você? Lembra-se de alguma história que envolve Pacaembu, Copa e seleção brasileira? Envie e-mail ou conte pelo Twitter!MAIS PACAEMBU
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MAIS:
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