Foi-se o tempo em que o Uruguai era o bicho-papão do futebol mundial, temido por todos os seus adversários. Para se classificar para a Copa do Mundo 2010, os uruguaios passaram muito sufoco e quase ficaram de fora do mundial pela segunda vez seguida. [nggallery id=14319] Após o vexame de não terem nem se classificado para a Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, Oscar Tabárez foi chamado para tentar resgatar a força da Celeste Olímpica, que há muito tempo não justifica seus dois títulos mundiais. O treinador assumiu o time em 2006 e, apesar de não tê-lo transformado em uma potência, levou-o à Copa da África do Sul.No começo das eliminatórias, já ficou claro que o Uruguai não teria vida fácil. Foram apenas três vitórias nos primeiros dez jogos. Veio a Copa América de 2007, na Venezuela. Os bicampeões mundiais começaram a mostrar que sabiam jogar futebol e, após passarem da primeira fase, aplicaram um convincente 4 a 1 nos donos da casa nas quartas de final. A semifinal contra o Brasil foi dura. Os uruguaios foram valentes, complicaram o jogo para a seleção brasileira e, depois de um empate por 2 a 2 no tempo normal, foram derrotados nos pênaltis (5 a 4).Nas eliminatórias, porém, a situação não melhorava. A equipe de Tabárez era incapaz de vencer uma partida fora de casa. Só foram duas vitórias jogando longe do Uruguai durante todas as eliminatórias sul-americanas. Porém, uma delas foi fundamental para a classificação. O Uruguai tinha 21 pontos e o Equador, quinto colocado, tinha 23. As duas equipes se enfrentariam na penúltima rodada da competição, em Quito, no Equador, praticamente decidindo a classificação. Na base da raça, deu Uruguai: 2 a 1. Na última rodada, os uruguaios ainda perderam para a Argentina (1 a 0), mas foram ajudados pelo Chile, que bateu o Equador, o que deixou o time de Tabárez em quinto lugar, com a possibilidade de ir ao mundial de 2010.Uma batalha estava vencida, porém ainda faltava a guerra final. Por ter terminado na quinta colocação, o Uruguai precisava passar pela repescagem contra a Costa Rica, quarta colocada na Concacaf, para carimbar o passaporte rumo à África do Sul. Na primeira partida, em território adversário, vitória magra dos sul-americanos (1 a 0). No segundo jogo, em Montevidéu, pouco futebol e um empate com um gol para cada lado foram suficientes para classificar o Uruguai para a 11ª Copa do Mundo de sua história.A grande esperança uruguaia para voltar a figurar entre as grandes potências do futebol mundial está nos gols de Diego Forlán, atacante que atua no Atlético de Madri, da Espanha. Se o atacante terá a função de fazer gols, o xará Diego Lugano terá a missão de impedi-los. O zagueiro, campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes pelo São Paulo em 2005, hoje no Fenerbahce (Turquia), é o capitão e principal jogador da retaguarda uruguaia.Tabárez já anunciou que a pretensão de sua equipe é voltar a figurar entre os grandes. Faz 40 anos que os uruguaios não passam das oitavas de final de uma Copa do Mundo. A última vez foi em 1970, quando foram eliminados pelo Brasil na semifinal. Com os donos da casa, África do Sul, além de México e França no mesmo grupo, a vida dos pupilos de Tabárez não será fácil nessa Copa.

MAIS:
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– Página especial da Copa do Mundo de 2010 no iG
Site oficial da Copa do Mundo de 2010


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