A Austrália entra em sua terceira Copa do Mundo. Porém, depois da boa atuação na Alemanha, em 2006, a seleção joga a Copa da África sem mais ser considerada um saco de pancadas para seus adversários. A classificação para a segunda fase no mundial de 2010, mesmo em um grupo mais complicado, não seria encarada como surpresa. [nggallery id=14306] Em 2006, voltando a uma Copa do Mundo após 32 anos, a Austrália conseguiu, pela primeira vez em sua história, passar às oitavas de final do torneio. Na primeira fase, perdeu para o Brasil, venceu o Japão e empatou com a Croácia. Na fase seguinte, vendeu caríssimo a derrota para a Itália (1 a 0, com gol de pênalti nos acréscimos do segundo tempo), que viria ser campeã daquele ano.A campanha rumo à África do Sul teve uma diferença. O país foi transferido de zona classificatória e, em vez de disputar as eliminatórias da Oceania, que dava a chance do campeão tentar uma vaga para a Copa com o quinto colocado da América do Sul, a Austrália foi justamente tentar carimbar seu passaporte no continente asiático, onde quatro vagas diretas seriam disputadas.As goleadas absurdas aplicadas pelos australianos quando jogavam as eliminatórias na Oceania não mais aconteceriam. A questão era: será que eles conseguiriam repetir o sucesso que obtinham na outra região? A Austrália provou que a Fifa acertou na decisão de remanejamento da equipe e foi uma das primeiras seleções do mundo a conquistar a classificação ao mundial da África do Sul.Após a bela campanha de 2006, Guus Hiddink deixou o cargo da seleção. Graham Arnold e depois Rob Baan assumiram provisoriamente, até a Federação Australiana encontrar o treinador ideal. O escolhido foi o experiente Pim Verbeek, que acabara de deixar a seleção sul-coreana. Holandês como Hiddink, Verbeek foi contratado com a esperança da manutenção do bom trabalho do técnico da Copa de 2006.E conseguiu, mostrando que, de fato, a Austrália pode jogar em alto nível, mesmo contra seleções um pouco mais competitivas em relação às eliminatórias da Oceania. Na primeira fase das eliminatórias asiáticas, a Austrália caiu em grupo com o Iraque, então atual campeão do continente, Qatar e China. Em seis partidas, ganhou a metade, perdeu duas e empatou a outra, passando para a fase decisiva na primeira posição.Na segunda fase, o grupo era composto por seis equipes e as duas melhores garantiam vaga para a Copa do Mundo de 2010. Os adversários eram novamente o Qatar, Bahrein, Uzbequistão e Japão. De novo, a equipe de Verbeek deu prova de sua evolução vencendo seis das oito partidas e sem nenhuma derrota. Classificou-se em primeiro e com folga.Grande parte da evolução do time se deve aos meio campistas Tim Cahill e Harry Kewell, que foi um dos primeiros jogadores da Austrália a defender uma grande equipe da Europa, o Liverpool, da Inglaterra. Atualmente, Kewell defende o Galatasaray da Turquia. Cahill, do também inglês Everton, é apontado como a principal peça da equipe australiana. E para dar toda a segurança necessária, o experiente Mark Schwarzer é, há muito tempo, o dono da camisa número 1 da seleção. Na África do Sul, a Austrália tem a dura missão de conseguir a vaga no grupo D, que tem Alemanha, Gana e Sérvia.

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