As autoridades da República Autônoma da Crimeia, no Sul da Ucrânia, abriram investigação penal devido à tomada do Parlamento e da sede do governo na cidade de Simferopol por homens armados, favoráveis à causa russa. As autoridades classificaram a iniciativa de atentado terrorista.
Na Crimeia, dezenas de homens armados tomaram nesta quinta (27) o controle do Parlamento e da sede do governo, onde hastearam bandeiras russas. Cerca de 50 homens chegaram durante a madrugada e impediram a entrada dos funcionários nos edifícios, declarou o primeiro-ministro da Crimeia, Anatoli Mohilyov.
As autoridades locais estão preparando-se para “tomar medidas”, acrescentou o primeiro-ministro, que apelou aos cidadãos para que mantenham a calma.
O ministro do Interior interino, Arsen Avakov, anunciou que lançou um alerta para toda a polícia, assim como para as forças especiais. Policiais cercaram os prédios do Parlamento e do governo.
A Crimeia era considerada pela União Soviética como parte da Rússia, mas foi anexada à Ucrânia em 1954 e é afetada por tensões separatistas.
Yanukovitch
O presidente ucraniano deposto Viktor Yanukovitch dará uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira em Rostov-sobre-o-Don, cidade russa perto da fronteira ucraniana, anunciaram as agências estatais russas, que citam pessoas ligadas ao ex-chefe de Estado. A coletiva está prevista para as 10h00 (horário de Brasília).
Yanukovitch estava em paradeiro desconhecido desde horas antes de sua deposição, no sábado. Ele é procurado na Ucrânia pelo “assassinato em massa de civis” e tem mandado de prisão expedido. A Rússia já havia declarado, contudo, que ofereceria proteção ao ex-presidente.
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