Alguns jornais e revistas brasileiras – com o claro objetivo de complicar ainda mais a situação dos petistas presos e matar o jornalismo – a toda hora apontam uma “regalia” que esses “privilegiados” teriam na prisão.
Ora sai a notícia de que Dirceu falou no celular por dez segundos. Pronto, isso vira um tsunami. Depois, Delúbio é flagrado comendo uma feijoada! Uma só?! Barbaridade! E o que dizer então de uma visita clandestina do governador do Distrito Federal? Isso dá uns três dias de manchete!
O mais grave é que essas maldades sempre são acompanhadas por insinuações de suborno. O que esses jornalistas queriam? Que eles fossem tratados como na ditadura militar? Então, vamos lá. Durante 35 dos 45 dias em que fiquei encarcerado no DOI-Codi de São Paulo, no Paraíso, eu e meu companheiro de cela almoçamos e jantamos comida caseira trazida por minha mãe. Regalia? Suborno? Não, minha mãe convenceu meus carcereiros que eu seguia regime macrobiótico. E eles aceitaram. Isso não se chama regalia, mas humanismo. Até na ditadura houve espaço para coisas do tipo.
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