Prestes a completar uma semana do desaparecimento do avião da companhia Malaysia Airlines, fontes oficiais e não-oficiais afirmam novas possibilidades para o sumiço do voo MH370 que levava 239 pessoas a bordo.
A mais recente hipótese diz respeito a radares militares que sugerem que o Boing 777 voou deliberadamente por centenas de quilômetros fora de sua rota, elevando a suspeita de que o sumiço possa ter sido um sequestro. As análises dos dados sugerem que o avião saiu de sua rota original a nordeste, de Kuala Lampur com destino a Pequim, e seguiu para o oeste, usando rotas normalmente usadas por voos para o Oriente Médio e a Europa.
Tais informações foram dadas por fontes envolvidas nas investigações. Investigadores americanos também sustentam a hipótese de que o avião voou por mais de quatro horas após sumir dos radares. Isso, por exemplo, poderia explicar por que nenhuma pista foi encontrada até agora, mesmo que a área de busca tenha se estendido pela região da Malásia, Vietnã e China.
Segundo informações da Reuters, duas fontes disseram que uma aeronave ainda não identificada, (que investigadores acreditam ser o Boing 777), seguiu uma rota entre dois pontos de balizamento definidos, o que sugere que quem pilotava possuía formação em aviação.
Mais teorias e nenhuma conclusão
Outra hipótese dada hoje (14) afirma que o avião teria pousado em ilhas indianas. Dados de radares revelados pela Reuters sugerem que o voo 370 da Malaysia Airlines poderia ter pousado nas ilhas Andaman, depois de o piloto deliberadamente desligar o transponder e mudar de rota.
No entanto, os radares não indicam que o avião esteja nas Ilhas Andaman, mas que teria feito uma rota até lá. As ilhas pertencem à Índia e ficam entre o Mar de Andaman e o Golfo de Bengala. Autoridades indianas já estão fazendo buscas pelo local, que é inabitado. Entretanto, especialistas e autoridades indianas consideram improvável e impossível que o avião tenha pousado sem ser detectado pelos radares. Porém tais informações que aproximam o avião a região das ilhas reforça a hipótese de que ele poderia ter caído no Oceano Índico, bem longe dos primeiros locais de busca.
A China também informou, através de especialistas de sua Universidade de Ciência e Tecnologia, que detectaram um tremor, nos mares entre a Malásia e o Vietnã, que pelo horário e local em que foi registrado pode estar relacionado com o desaparecimento do voo MH370.
O tremor foi registrado às 2h55 locais do sábado (15h55 de Brasília da sexta-feira), uma hora e meia depois que o avião sumiu dos radares civis quando fazia a rota Kuala Lumpur-Pequim.
“O movimento pode ter sido causado pelo avião, quando este se chocou no mar”, afirmaram nesta sexta-feira os especialistas, citados pela agência oficial “Xinhua”.
Estados Unidos, Austrália, Brunei, China, Filipinas, Índia, Indonésia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Cingapura, Tailândia, Taiwan e Vietnã cooperam nas operações de busca que se concentram no mar da China Meridional, no Estreito de Malaca e no Mar de Andaman. A Coreia do Sul também anunciou que enviará dois aviões militares para ajudar nas buscas, informou hoje o Ministério das Relações Exteriores de Seul.
O voo MH370, que transportava 227 passageiros de 14 nacionalidades e 12 membros de tripulação, perdeu contato com o controle de tráfego aéreo entre o Leste da Malásia e o Sul do Vietnã. Segundo a companhia aérea Malaysia Airlines, o aparelho não enviou pedido de socorro.
Deixe um comentário