“Assim como atraía o ódio, colhia afeto. A persona pública de Paulo Francis, seu ego – palavra adequada – jornalístico acometido por uma permanente diarreia de impropérios, sua performance operística de homem-bomba a serviço de uma única causa – a causa Paulo Francis -, não combinava com um sujeito caseiro, propenso à rotina, extremamente atencioso com os amigos dispostos a escutá-lo em seus solilóquios quase sempre notívagos. Era como se o Paulo Francis público fosse o heterônimo desgovernado do Franz Paulo pacífico e amoroso.” [nggallery id=14195] O trecho acima, extraído de excelente reportagem assinada por nosso diretor-adjunto Nirlando Beirão, na edição 32 da Brasileiros, dá a medida de quem era Franz Paulo Heilborn, ou simplesmente Paulo Francis.Raivoso e ácido, mas amável e atencioso. Contraditório, como todo ser humano. Aliás, disse certa vez, no Manhattan Connection, que a contradição era condição aos inteligentes. Desde sua morte, em 1997, o programa nunca mais foi o mesmo.Neste 3 de setembro de 2010, o eterno polêmico completaria 80 anos. Ele faz falta, como profetizou a capa da Veja quando Francis se foi.Leia a reportagem da edição de março deste ano, aqui.Em homenagem ao octogenário, o jornalista Paulo Francis em sua essência:
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