Acabei de falar com Joelma, a viúva de Andrés Guzman. Joelma contou que Guzman havia chegado de Nova York horas antes de ir ao encontro de Olacyr, na sexta-feira (4). “Dormiu apenas uma hora e foi à reunião na casa dele”, ela disse. Na sequência, eu perguntei:
Solnik: Ele disse apenas que era uma reunião, não falou nada de que ia pegar 400 mil reais com Olacyr?
Joelma: Não, só falou de reunião. E eu fiquei esperando ele voltar para almoçar. O almoço estava na mesa.
S: Você acredita na história do assassino, de que Guzman estava extorquindo Olacyr?
J: Imagine, meu marido sempre tratou Olacyr como a um pai.
S: Eles brigaram, aconteceu alguma coisa entre os dois?
J: Nada, estava tudo normal. O motorista está mentindo. Eu vou descobrir a verdade.
S: E o Olacyr, como ficou?
J: O Olacyr está abalado. Ele sofreu uma cirurgia recentemente, está debilitado. Ele também não entendeu nada.
S: Olha, eu acho que você deve dar uma entrevista logo para desmentir essa versão de extorsão
J: Primeiro eu quero falar com o Olacyr.
Miguel Garcia Ferreira, 61, motorista de Olacyr, contou à polícia que, quando Guzman deixou o apartamento de 1000 metros quadrados de seu patrão, ele resolveu “pedir uma carona”. Dentro da Land Rover ele apontou o revólver para a cabeça de Guzman, exigindo que entregasse a maleta com 400 mil reais, que seria “fruto de extorsão”. Neste momento, os dois lutaram e Ferreira disparou três vezes na cabeça de Guzman, que tentou fugir com a maleta quando policiais o apanharam e o conduziram ao xilindró.
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