Discutir sobre modelo de negócios, planos e metas foi a rotina de mais de dois mil empreendedores e jovens estudantes que passaram pela programação da quarta edição da Virada Empreendedora em São Paulo, que aconteceu neste final de semana. Durante 24 horas, um público variado encontrou, além de palestras, diferentes atividades para praticar ideais e projetos em potencial.
Idealizado por Ana Lúcia Fontes, fundadora da Rede Mulher Empreendedora, o evento deste ano aconteceu em três palcos: a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a FIESP e a Escola São Paulo, sede principal dos eventos da madrugada. “Estamos com muitos palestrantes que estão dispostos a conversar com vocês, pois também acreditam em um Brasil empreendedor. Quem quer abrir seu próprio negócio não pode perder a oportunidade de ficar aqui durante as 24 horas”, fala com entusiasmo Ana Fontes.
O diretor superintendente do SEBRAE-SP, Bruno Caetano, também esteve na abertura do evento. “Empreender hoje é o principal sonho do brasileiro”, constata para a plateia da Arena Inspiração. Dedicada especialmente a cases de sucesso, a arena reuniu nomes brasileiros e estrangeiros que pudessem inspirar novos empreendedores. Ana Paula Padrão foi um deles. Durante aproximadamente uma hora, a jornalista falou sobre sua trajetória pessoal e profissional. Em tom descontraído, Ana cativou um público atento. “Acho que temos que nos perguntar primeiro o que é sucesso?”, questiona no início de sua apresentação e no final completa: “Gente, eu saí de Brasília, lembra? E estou aqui hoje falando para um público como vocês. Isso não é sucesso?”, conta aos risos. Durante cinco anos, Ana apresentou a bancada do Jornal da Globo que, segundo ela, deixou para tentar outros caminhos profissionais. Depois de passar pelo SBT e Record, Ana lançou o portal noticias Tempo de Mulher.
Uma das vocações da Virada Empreendedora é também dar espaço e voz a mulheres. Anielle Guedes, jovem empreendedora social e embaixadora da ONG Women@Frontier, foi uma das palestrantes da Arena Futurismo e Inovação. Formada em Física pela Universidade de São Paulo e estudante de Economia pela mesma instituição, Ana questiona: “por que tão poucas mulheres chegam a cargos de presidência de uma empresa? Se metade da população é feita por mulheres, metade desses cargos não poderiam também ser preenchidos por mulheres?”.
Ao todo, a Virada Empreendedora contou com sete arenas de conteúdo. Uma das mais concorridas reuniu professores e empreendedores dispostos a criar colaborativamente. Batizada de Arena Startup Run + Pitch Fight, o espaço teve como objetivo ser uma espécie de laboratório para que os participantes também pudessem discutir sobre o universo das startups e também testar novas ideias para futuras empresas.
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