A polêmica do 13º signo do zodíaco

Nos últimos tempos, temos visto muita polêmica e mal-entendidos em relação à existência de um 13º signo no zodíaco, Serpentário. Na verdade, não se deve confundir signo e constelação zodiacal. O astrônomo americano defende justamente que a 13ª constelação seja levada em conta no zodíaco, que passaria a ter mais um signo entre Escorpião e Sagitário. Mas os signos utilizados pela Astrologia Ocidental correspondem cada um à divisão de 30 ° do círculo zodiacal e são em número de 12. O zodíaco é composto por um número determinado de constelações localizadas na eclíptica, a linha imaginária que representa o caminho aparente do Sol ao redor da Terra.

Astrônomos do Planetário de Minnesota, nos EUA, afirmam que o alinhamento das estrelas foi empurrado por cerca de um mês. A questão opõe astrólogos, que se baseiam na posição dos astros para fazer o horóscopo, e astrônomos, preocupados com a posição atual de estrelas e planetas. “Quando os astrólogos dizem que o Sol está em Peixes, não está realmente em Peixes”, disse Parke Kunkle, um dos integrantes do Minnesota Planetarium Society à revista Time. Como o signo astrológico é determinado pela posição do Sol no dia em que a pessoa nasceu, significa que, de acordo com os astrônomos, tudo o que se sabia sobre horóscopo está errado. Ainda de acordo com os o grupo de astrônomos, um 13º signo deveria fazer parte da Astrologia. A explicação é que, na Antiga Babilônia, apenas 12 das 13 constelações foram levadas em conta, ignorando o Serpentário, que tem como símbolo a cobra.

É preciso esclarecer, para Kunkle, que a Astrologia pode se utilizar do zodíaco sideral que está baseado nesse movimento de precessão ao qual ele se refere, e também o zodíaco tropical. Esse astrônomo está falando sobre o sistema das constelações e está confundindo constelações com signos, que, para quem entende, são duas coisas distintas.

O zodíaco tropical, utilizado pela Astrologia Ocidental, se baseia no movimento de Translação – movimento que a Terra executa ao redor do Sol no período de um ano e responsável pelos fenômenos das estações do ano ou a trajetória anual do Sol sob a eclíptica, causado pelo movimento real de translação da terra em torno do Sol.

O 0 ° de Áries marca o início da trajetória do Sol anual do Sul para o Norte na intersecção de eclíptica com o Equador Celeste, e marca o começo da estação Primavera para o Hemisfério Norte e o Outono para o Hemisfério Sul.

Os signos zodiacais são a visão do Sistema Solar visto a partir da Terra, uma estrada imaginária fina, com 360 ° de longitude, que tem como linha central a eclíptica, o trajeto que o Sol percorre durante um ano, visto da Terra em seu movimento de Translação. Ou seja, o zodíaco nada mais é que o Sol, a Lua e os planetas, transitando pelo sistema solar e tudo a partir do ponto de vista da Terra, enquanto esta se translada ao redor do Sol. Nesse movimento, forma-se o sistema das estações dentro do ciclo de 365 dias. Essa faixa de 360 ° é dividida em 12 partes iguais de 30 °, e cada uma delas corresponde a cada signo do zodíaco, contados a partir do ponto de Áries, momento em que o Sol cruza o equador celeste, aproximadamente no dia 21 de março, e que tem como pano de fundo o céu estrelado.

O zodíaco Sideral trabalha com as constelações. As constelações zodiacais são estrelas no céu, vistas a partir da Terra, como se fossem um pano de fundo. Quando se fala de constelações, na Astrologia, estamos nos referindo às Eras Astrológicas, que são formadas justamente a partir do movimento do eixo inclinado da Terra, movimento em forma de cone, conhecido como precessão dos equinócios, descoberto pelo astrônomo grego Hiparco de Nicéia (190-120 a.C.). Para completar um Grande Ano, nosso planeta levaria 25.920 anos e um Grande Mês ou a duração de uma era, compreenderia cerca de 2.160 anos.

O fenômeno da precessão dos equinócios é originado pela atração do Sol com a Lua, estando ligado a modificações na inclinação do eixo da Terra. A interseção entre a órbita aparente do Sol ou eclíptica e o equador celeste é chamada “ponto vernal”, que se desloca para trás na ordem inversa dos signos. É como se tivéssemos dois zodíacos: um dividido em 12 regiões – os signos – que começa sempre no ponto vernal; e outro, com as 12 constelações, que tem início na primeira estrela da constelação de Áries. A Era Astrológica é marcada pelo local onde cai o ponto vernal, que atualmente está no início da constelação de Peixes. Por isso é que se diz que estamos saindo da era de Peixes e entrando na Era de Aquário.

Tanto o zodíaco tropical quanto o sideral são ferramentas da Astrologia.

Portanto, para a Astrologia Ocidental que usa o zodíaco tropical, uma pessoa que nasce no dia 22 de março é do signo de Áries, enquanto que na Astrologia sideral, esta pessoa nascida atualmente no mesmo dia, é da constelação de Peixes.

No que diz respeito à interpretação uma técnica não exclui a outra e muitos astrólogos têm conhecimento de ambas.


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