É com a hash tag do título desse texto que a Social Media Week São Paulo conversa entre si. Todos os visitantes, sem exceção, sempre munidos de um notebook, um iPad ou qualquer outro aparelho móvel com acesso à internet, escrevem a hash tag na mensagem, retuitada automaticamente em um telão no auditório, para que todos os presentes possam ver, o que acaba virando uma atração à parte no já multicultural evento de mídias, presente em nove cidades ao redor do mundo até a sexta-feira (11). [nggallery id=14049] Para começar a terça-feira (8) de palestras, Juliana Constantino e Rosana Fortes, da AgênciaClickIsobar, deveriam assumir o microfone às 15h. Porém, por conta de alguns imprevistos, elas atrasaram a apresentação em cerca de uma hora.Assim, o papo que seria em seguida, Mídias Sociais Somos Nós, Pessoas, um pouco menos técnico e mais “cabeça”, foi adiantado. No debate, Mayra França (Follow Digital), Renata Lemos (Think Tank) e Diego Remus (Startupi/SMW/SP). Mayra França começou falando sobre o modo mais correto de trabalhar nas redes. “É preciso utilizar a rede de uma maneira que agregue valor a sua vida e a vida dos outros usuários”, comentou.No papo breve, os três também falaram sobre o perigo da perda de noção do real em privilégio do virtual. “A tecnologia muda nosso comportamento como ser humano. É inevitável”, analisou Renata, completando o pensamento de Mayra, que disse não ser possível deixar de estar conectado hoje em dia, mas que é preciso perceber quando o online começa a afetar o offline.Quando, enfim, assumiram o controle do auditório, Juliana Constantino e Rosana Fortes apresentaram alguns cases de sucessos em mídias sociais, além de debaterem um pouco sobre a postura das grandes, médias e pequenas empresas nas redes. Um debaste muito breve também, por conta da já atrasada agenda do evento, porém muito rico.Na sequência, as conversas passaram a ser mais descontraídas, começando com Deive Pazos e Alexandre Ottoni, responsáveis pelo blog Jovem Nerd, e que terão matéria especial na edição de fevereiro da Brasileiros. Pablo Handl, da Hub, completou a mesa, e Rafael Sbarai, da Veja Online, ficou na moderação.Para começar, todos falaram um pouco sobre suas trajetórias virtuais. Os responsáveis pelo Jovem Nerd, por exemplo, revelaram que tudo começou como uma brincadeira que acabou dando muito certo. Hoje, Deive Pazos disse que o blog funciona muito mais como uma rede social do que um canal de conteúdo. Handl explicou de maneira mais funcional o real objetivo do Hub, que é juntar pessoas com ideias, recursos, ferramentas, etc.Enquanto isso, a plateia que lotava o auditório na FAAP fazia piadas, via Twitter, com a falta de cadeiras no local. Houve até um engraçadinho que, no calor da brincadeira, ofereceu a irmã em troca de uma cadeira. Brincadeira de mau gosto, convenhamos.A última palestra que o site da Brasileiros foi Verdades, Mentiras & Mídias Sociais, com certeza, a mais construtiva do dia. Cris Dias, Ken Fujioka e Patrice Lamiral, os três da JWT, explicaram a pesquisa que realizaram para traçar um paralelo entre o conteúdo produzido nas redes sociais e o que sai nas grandes mídias de massa tradicionais.No estudo, eles constataram que os principais assuntos em 2010 nas redes sociais, como Twitter e Facebook, estão diretamente ligados aos grandes acontecimentos, como a Copa do Mundo. Mas, hoje, percebe-se que, ocasionalmente, as mídias tradicionais também se pautam pelas mídias sociais, já que tudo sai antes nas redes sociais.Lamiral exemplificou com um caso muito recente, o assalto ao Shopping Morumbi, na última segunda-feira (7). “O primeiro grande veículo de massa a divulgar o assalto foi o portal Terra, às 14h16. Antes disso, mais de mil tweets sobre o assunto já tinham sido publicados, sendo o primeiro foi às 13h54, enquanto imagino que o assalto aconteceu as 13h53. Essa pessoa deixou de correr para tuitar!”, brincou ele.O trio constatou, pela pesquisa, que fato da ainda consideravelmente pequena relevância das redes sociais no Brasil se dá pela pouca produção de conteúdo independente. Existe uma falta de estímulo por conta do monopólio de 80% do público por parte dos sete grandes portais, enquanto esse número nos EUA é de 33%.Nesta quarta-feira (8), estaremos novamente na Social Media Week. Acompanhe o evento por meio de nosso Twitter (@rev_brasileiros). Para quem não conseguiu se cadastrar no evento, acompanhe tudo ao vivo aqui.

Muito além do social na rede


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