O terceiro dia de Social Media Week São Paulo foi bem mais técnico que o anterior. A primeira palestra, Isolamento Digital x Inclusão Social? teve Tiago Dória, do iG, Luciana Annuziata, da Dobra Learning, com Luciano Palma na moderação. [nggallery id=14048] Luciana começou falando sobre o fascínio no mundo virtual. “As redes sociais possibilitam que você se relacione com pessoas que, tradicionalmente, não aconteceria”, salientou. Luciano Palma concordou, acrescentando que, antes, o círculo de amizades se limitava ao físico e ao geográfico. A internet mudou esse cenário.Mas, como tudo em exagero é prejudicial à saúde, com a internet não é diferente. Segundo pesquisa realizada nos EUA e apresentada no debate, 57% dos americanos se relacionam mais online que offline e 28% checam o Facebook quando acordam, antes mesmo de escovar os dentes.Palma relembrou de um famoso caso no Facebook, quando uma mulher que tinha 1802 “amigos” anunciou na rede social que pretendia se matar. Em vez de se irem à casa dela, para impedi-la, os supostos amigos ficaram debatendo na rede. “O que temos nas redes são conexões, não propriamente amigos”, resumiu.Tiago Dória concordou com o raciocínio de Palma e disse acreditar que o comprometimento é raro nas mídias sociais. “Na rede, todos são engajados, é muito fácil mudar seu avatar no Twitter e twittar alguma hash tag solidária”. Fechando o debate, de maneira sábia, Palma citou a velha frase: “A internet aproxima quem está distante e distancia quem está perto”.Em seguida, uma válida palestra sobre mídias sociais no mundo mobile, um dos mercados que mais deve crescer no Brasil em 2011. Marcelo Castelo (F.biz), Gustavo Ziller (Aorta), Breno Masi (Fingertips), Leo Xavier (PontoMobi), Fernanda Magalhães (Mobext) foram os responsáveis pelo debate, com a moderação/participação de Neto (Bullet).Breno Masi, desenvolvedor de aplicativos e responsável por uma rede social ligada ao assunto, comentou a importância desse mercado para o futuro das redes sociais. Marcelo Castelo concordou e acrescentou que, hoje, um Smartphone já é realidade para a classe C. “Um Smartphone pode custar R$ 290! Outro dia, o porteiro do meu prédio estava com um iPhone. Falou que comprou por R$ 800. Mas como? Aquilo tem câmera, games, telefone, aplicativos… acaba valendo a pena. Hoje em dia, o cara da classe C compra uma moto e depois um Smartphone”, revelou ele.Eles citaram algumas redes sociais específicas para o móbile, como o geolocalizador/guia de dicas Foursquare, no qual o usuário anuncia onde está e pode checar as dicas postadas por outros frequentadores do local. Para eles, é unânime que o brasileiro ainda não aprendeu a usar e explorar todas as possibilidades do Foursquare, o que deve mudar em um futuro próximo. Gustavo Ziller lembrou também do Instagram, rede de compartilhamento de fotos exclusiva para usuários de iPhone. “Sou fã! E é uma rede que absolutamente não existiria sem o móbile“, enfatizou.Para terminar a cobertura do site da Brasileiros da quarta-feira de Social Media Week São Paulo, conferimos a palestra Mitos & Verdades das Métricas e do ROI em Mídias Sociais que, basicamente explicava como uma empresa/marca pode e deve explorar todo o potencial das redes sociais. Para os leigos, ROI significa Return Of Investment (Retorno Do Investimento). Edney Souza (BlogContent), Renato Shirakashi (Scup), Fábia Juliasz (Ibope) e Ricardo Almeida (I-Group), mediados por Thomaz Gomes (ResultsON/Sixpix), participaram do papo.Enquanto os integrantes da mesa analisavam as melhores formas de as marcas se relacionarem com seus clientes nas redes sociais, de maneira próxima e sutil, Renato Shirakashi, polêmico, disse não acreditar que as redes sociais sejam um canal para empresas se relacionarem. “Aquilo é um espaço de troca pessoal”, completou.Após ser contrariado por uma espectadora, Edney Sousa entrou na conversa e também reforçou a importância de as empresas estarem nas redes, mas lembrou: “As empresas não podem correr atrás de você no Facebook, por exemplo. Se isso acontecer, você pode reportá-las e elas serão banidas”.Então, como trabalhar em rede? Em resumo, os palestrantes concordaram que é preciso desvendar formas de atrair os potenciais clientes sem ser invasivo. Como tudo nas redes, as marcas são muito cíclicas. Um movimento certo ou errado pode significar o resultado positivo ou a perda total de credibilidade da marca perante os outros usuários.O site da Brasileiros segue acompanhando a Social Media Week São Paulo. Fique por dentro do evento por meio de nosso Twitter (@rev_brasileiros). Para quem não conseguiu se cadastrar, acompanhe tudo ao vivo aqui.
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