O possível vice de Aécio e o trensalão

Na terça-feira (6), um bate-boca com o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) resultou na detenção do blogueiro Rodrigo Grassi, pela Polícia do Senado. Grassi abordou o senador para questioná-lo sobre a função das comissões parlamentares de inquérito e sobre a postura de seu partido, o PSDB, a respeito de investigações na Assembleia Legislativa de São Paulo.

Em entrevista à Agência Brasil, o senador afirmou: “Um jovem me abordou a pretexto de fazer uma entrevista a respeito de CPIs. Eu parei para falar com ele e, no meio da entrevista, ele me fez uma ofensa muito grave. Eu então tentei segurá-lo para chamar a segurança e ele saiu correndo. Depois, quando eu estava saindo do Senado, ele voltou a me abordar e foi preso”. 

O blogueiro publicou o vídeo abaixo, que mostra o momento da entrevista, e afirmou: “Eu fiz três perguntas e ele se irritou, começou a me xingar e me agredir. Como foi na saída do Senado, a Polícia veio e me prendeu. Me pegaram dentro do ônibus já, quando eu estava indo embora”, contou.

 

Conhecido como Rodrigo Pilha, Grassi já foi assessor da deputada Erika Kokay (PT-DF) e foi exonerado depois de ter divulgado vídeo em que abordou o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, na saída de um bar em Brasília. Na oportunidade, Rodrigo chamou o ministro de “autoritário”, “tucano” e “projeto de ditador”. Na época, o senador Aloysio Nunes Ferreira foi à Câmara solicitar abertura de processo disciplinar contra o assessor, mas logo depois ele foi exonerado.

Para investigar a corrupção… OH WAIT

Aloysio Nunes Ferreira protagonizou outra polêmica nesta semana. Na quinta-feira (8), foi noticiado que o Senador assinou o requerimento de criação da CPI mista para apurar o cartel do metrô de São Paulo, mas depois riscou seu nome da lista.  Ele diz que incluiu sua assinatura “por engano”, logo depois de fazer um discurso contra a comissão. 

Reprodução.
Reprodução.

Antes de incluir seu nome no requerimento, o tucano havia afirmado que o pedido de investigação era uma “farsa”, pois não incluía suspeitas de cartel em obras de trem e metrô em cidades e Estados governadas pelo PT e por seus aliados. O senador Ruben Figueiró (PSDB-MS), que havia assinado logo depois de Aloysio, também riscou seu nome.


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