Os jornais passaram semanas com páginas lotadas de acusações cabeludas contra o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobrás Paulo Roberto Costa, em razão das quais eles e mais dez pessoas estavam em cana em consequência da Operação Lava Jato da Polícia Federal.
Auxiliado pela família, Costa tentou destruir documentos. Um escândalo do tamanho da Petrobrás. E então nós, os incautos, pensamos: com essa folha corrida eles não saem tão cedo do xilindró. Vão perder a Copa do Mundo. A coisa parecia feia para o lado deles. Foram publicadas matérias com relatos de ameaças a Costa na prisão, sua transferência a um presídio federal, as ameaças que sofreu ali e sua volta a Curitiba. Vários pedidos de habeas corpus foram rechaçados.
E então, o ministro Teori Zavascki mandou soltá-los, alegando que o ritual do processo estava equivocado, deveria seguir para o STF porque há deputados envolvidos. E que tudo, portanto, deveria ser anulado.
Mas, data vênia, o que tem uma coisa a ver com outra? Só porque apareceram deputados envolvidos os que estão presos têm que ser soltos? Mas eles não são deputados. O processo não poderia seguir ao STF enquanto Youssef e Costa continuavam presos? Parece que sim, pois no dia seguinte (hoje) Teori mandou prender Youssef de novo, mas deixou Costa em liberdade.
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