O ócio de Olivetto

O lançamento do novo livro do publicitário Washington Olivetto, O que a vida me ensinou – Credibilidade não se ganha. Conquista-se, atraiu, entre amigos e leitores, muita gente para a Livraria Saraiva do Shopping Higienópolis, ontem à noite, 26 de maio. “Não poderia deixar de vir, pois o Washington é meu amigo há muitos anos”, disse Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, enquanto esperava na fila de autógrafos.

Entre uma assinatura e outra, o publicitário conversou com a Brasileiros. Confira abaixo esse breve bate papo:

Brasileiros – Você acredita que existe uma receita para o sucesso. Você acredita que pode ensiná-la para as pessoas?

Washington Olivetto – Acho que não. Uma receita que a gente pode ensinar para os outros é exatamente essa: busque aquilo que você é. Você tem de buscar as coisas que tem a sua cara. Eu comento um pouco disso nesse livrinho que estou lançando aqui. Por mais que você tenha tentação de querer ser outro, ser você mesmo é o melhor caminho sempre. Mesmo se você não for tão bom.

Brasileiros – Em um dos capítulos do livro você fala em ócio criativo…

W.O. – Ócio criativo é uma expressão que não é minha. Quem a cunhou foi Domenico de Masi. E para mim é curioso, porque o meu ócio criativo está atrelado ao trabalho. Quando faço as coisas do trabalho de forma perfeita, eu me sinto gratificado e isso me faz descansar. Meu ócio criativo, no fundo, é o prazer com o meu trabalho. Quando o trabalho é bom, ele me faz descansar.

Brasileiros – Depois de tantos anos fazendo publicidade, o que o motiva a continuar trabalhando?

W.O. – Essa questão de trabalhar muitos anos com a mesma coisa não é o problema. Meu trabalho tem uma característica: ou ele absolutamente adorável, que você faz bem feito, ou é totalmente insuportável, que você não faz bem feito. E quando é mal feito te faz você sofrer muito. O médio para mim é mal feito. Eu me motivo muito com os desafios do novo, com a ideia de fazer bem feito. Isso me renova.

Brasileiros – O Boni me disse que quando era responsável pelas inserções publicitárias nos intervalos do programa Fantástico, você conseguiu um feito inédito, que foi colocar um comercial de mais de um minuto, quando o comum era comercial entre 30 segundos a um minuto…

W.O. – Foi exatamente isso. O comercial foi da Valisere que era do O Primeiro Sutiã. Eu achei que o filme era muito bom. Então, liguei para o meu querido amigo Boni e disse: “Boni, sei que os comerciais que passam nos intervalos da programação da Globo são de, no máximo, um minuto, mas posso mandar um comercial da Valisere de dois minutos que fizemos, pois acho que você vai adorar e mudar as regras”. E ele carinhosamente adorou e colocou o comercial da Valisere no ar e foi aquele sucesso, comentado até hoje (risos).


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