O construtor de Ferraris

“Se é para ser atropelado, que seja por uma Ferrari!”.

O autor dessa frase é ninguém menos que Johann Cruyff, então técnico do Barcelona, e a Ferrari em questão era o São Paulo Futebol Clube, campeão mundial interclubes em 1992 justamente batendo o clube catalão. O motorista dessa Ferrari chamava-se Telê Sentana. Se preferir, Mestre Telê!

Hoje, se vivo, o Fio de Esperança completaria 80 anos, portanto, hoje é dia de celebrar o futebol.

Telê Santana é lembrado por muitos como o melhor jogador de sua posição, o banco de reservas. Seria injustiça afirmar que ele não “jogava”, que ele era “apenas” o treinador. Suas esquadras eram muito únicas, era possível perceber, sem nenhuma sombra de dúvida, que determinado time era treinado pelo Mestre Telê Santana. Suas equipes eram ofensivas, dinâmicas, com toques curtos e rápidos… Era o tipo de futebol que não se faz mais hoje em dia, limpo, objetivo e bem brasileiro.

Em 1982 ele mostrou para o mundo que isso ainda era possível com aquela seleção de gênios, na esquerda, Júnior, na direita, Leandro, Falcão de volante, no meio Sócrates e Zico… no banco, Telê Santana! A eliminação dramática pela burocrática Seleção Italiana, em forma de 3 machadadas daquele-que-não-se-deve-pronunciar-o-nome (Paolo Rossi), transformou Telê em pé-frio. Injustiça corrigida mais tarde, quando o Mestre assumiu o São Paulo e conquistou o mundo duas vezes com a “Ferrari” que ele mesmo construiu a partir de muito trabalho duro e honesto.

Essa data não poderia passar em branco para nós da Brasileiros, Telê Santana foi um dos maiores embaixadores que esse país já criou, provando para o mundo que aqui se joga o futebol mais bonito do planeta!

Trecho do documentário Meio Século de Futebol Arte, que conta a vida do Mestre Telê


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