A boa e velha Itália

A camisa da Itália, que estampa quatro estrelas de Copas do Mundo, é pesada. Mesmo assim, por conta do futebol previsível, pragmático, acaba as vezes não sendo incluída no pote dos favoritos para o título. Mas a Itália sempre é a Itália e, em mais um bom jogo da Copa do Mundo, somou os primeiros três pontos após bater a Inglaterra em partida na Arena da Amazônia, na tarde desse sábado, dia 14.

A bola começou a rolar às 19h. O termômetro marcava 31°C e a umidade do ar maltratava os europeus. Italianos e Ingleses entraram em campo sem novidades, com o mesmo time que vem jogando os amistosos preparatórios, com exceção do goleiro Buffon, da Itália, lesionado.

Nos primeiros minutos a Itália tinha mais a bola nos pés, mas não criva lances perigosos, já a Inglaterra, quando chegava, assustava, principalmente com o rápido Sterling, que infernizava a sólida zaga azul. Após alguns sustos a Itália começou a se impor, saiu e aos 34 abriu o placar, gol de Marchisio, que bateu de longe, no canto, após o genial meia Pirlo abrir buraco na zaga adversária sem nem tocar na bola, apenas com um corta luz.

A comemoração durou pouco, dois minutos apenas. Rooney carregou e deu belo passe para Sturridge, que entrou por trás do zagueiro Palleta e enfiou para as redes.

Os goles melhoraram o ritmo da partida e Balotelli, grande esperança de gols no ataque italiano, quase fez um golaço após dominar na área e encobrir o goleiro Hart mesmo sem ângulo. O zagueiro Jakielga tirou de cabeça, em cima da linha. Final de primeiro tempo.

A Itália voltou para a etapa final focada, queria a vitória. Aos cinco minutos o lateral Candevra, um dos melhores em campo, cruzou nas costas de Cahill, Balotelli entrou e subiu alto para cabecear para o gol.

Os súditos da Rainha tentavam, mas nada conseguiam. Sterling e Sturridge corriam, mas não conseguiam criar alguma jogada inteligente capaz de atravessar a Esquadra Azzurra. Rooney também chamou a responsabilidade, mas não teve pontaria em nenhum dos diversos chutes de longe que tentou. Gerrard, meio campista cerebral e um dos homens responsáveis por movimentar a bola na seleção inglesa, praticamente não entrou em campo, se escondeu atrás dos marcadores durante os 90 minutos.

O calor e a umidade finalmente começaram a massacrar os 22 jogadores em campo e o jogo passou a ser arrastado. Nos acréscimos Pirlo bateu falta venenosa, cheia de efeito, e quase fez o terceiro da Itália. No apito final, 2 a 1.

A Inglaterra volta a campo na próxima quinta-feira, dia 19, às 16h contra o Uruguai. O jogo, que será disputado na Arena Corinthians, é de vida ou morte para os dois, já que os uruguaios foram surpreendidos pela Costa Rica e perderam por 3 a 1 para a Costa Rica na partida das 16h desse sábado. A Itália pega justamente e Costa Rica no dia seguinte, às 13h.


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