Sim, é verdade, faltou bom senso para Luis Suárez, para não dizer que faltou miolos em sua cabeça… Em lance despretensioso no ataque, o uruguaio se enroscou com o zagueiro da Itália Chiellini e tascou-lhe uma mordida no ombro.
Se faltou bom senso para Suárez, o que dizer da Fifa, que na manhã dessa quinta-feira, 26 de junho, anunciou a punição do esquentadinho: nove partidas e quatro meses afastado de qualquer atividade relacionada ao futebol!?
Não estamos aqui defendendo a violência, muito pelo contrário, a atitude do jogador foi execrável e ele merece sim ser punido. Porém, o juiz da partida não viu o lance e, no jogo, Suárez não ouviu nem sequer uma advertência verbal.
O código disciplinar da Fifa diz na página 44 que o Comitê Disciplinar é encarregado por “sancionar infrações sérias que tenham escapado da atenção dos árbitros da partida”, e assim a entidade o fez. Porém, no caso, o bom senso não seria necessário? Talvez o mais acertado no futebol dos cartolas, aquele que acontece após os 90 minutos, seria uma punição um pouco menos rigorosa, que não tirasse o atleta do restante da competição. Suárez saiu perdendo, o Uruguai saiu perdendo, a Copa do Mundo saiu perdendo e o futebol saiu perdendo.
Vale lembrar que essa não foi a primeira ocasião na qual a Fifa usou da tecnologia para corrigir um lance que passou despercebido pelos olhos do juiz. Na Copa do Mundo de 1994, em partida valida pelas quartas-de-final, o italiano mauro Tassotti acertou dura cotovelada no rosto do espanhol Luis Enrique, não detectada pelo trio de arbitragem, que sequer marcou a infração. O lance foi parar na comissão disciplinar da Fifa, que aplicou suspensão de oito jogos para Tassotti, tirando o defensor da semifinal e da final naquele ano, na qual sua Itália perderia o título para o Brasil nos pênaltis.
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