Criolo + Emicida

Não poderia ser mais simbólico. Para abrir a temporada de shows de 2012, o SESC Pompeia coloca no palco dois dos principais músicos de 2011, Criolo e Emicida. As três apresentações acontecerão nos dias 5, 6 e 7 de janeiro, e os ingressos começam a ser vendidos amanhã, às 14 horas, em todas as unidades SESC. A julgar pelo sucesso que os dois têm feito, é bom correr para garantir um ingresso.

Criolo
Foram necessários poucos meses após o lançamento do disco Nó na Orelha, em 25 de abril, para que Criolo fosse reconhecido, quase que por unanimidade, como o principal músico do ano. Por isso, muita gente já conhece sua história.

De Parelheiros, bairro na Zona Sul de São Paulo, Criolo, antes conhecido como Criolo Doido, começou na música há mais de 20 anos. Foi figura importante no rap paulistano, mas já estava para aposentar o microfone, quando, aos 35 anos, deu uma última tacada. Lançou Nó na Orelha, que mescla diversas influências musicais, do afrobeat à música brega, passando por samba e rap. Disponíveis para download gratuito, as dez faixas se disseminaram instantaneamente pela rede.

Em junho, ingressos para duas apresentações suas, no SESC Vila Mariana, se esgotaram em questão de horas. Em outubro, ele foi o grande vencedor do VMB 2011, tendo faturado três prêmios, além de fazer um dueto de Não Existe Amor em SP, um dos hits do disco, com Caetano Veloso. Em novembro, seria a vez de Chico Buarque homenagear o músico paulistano, cantando sua versão de Cálice – composta por Chico e Gilberto Gil – em uma apresentação em Belo Horizonte.

Emicida
O nome, fusão das palavras MC e homicida, é fruto das batalhas de improvisação entre rappers, em que ele “matava” todos seus adversários por meio das rimas.

De Jardim Fontalis, na Zona Norte de São Paulo, Emicida estourou na mídia com o lançamento do single Triunfo, em 2008, que, acompanhado de um videoclipe, teve milhares de compartilhamentos nas redes sociais. Em 2009, ele lançaria o mixtape, Pra quem já mordeu um cachorro por comida, até que eu cheguei longe, de 25 músicas. Em 2010, ele lançou outro sucesso, o EP Sua Mina Ouve Meu Rep Tamém. No mesmo ano, ingressaria no elenco do programa Manos e Minas, da TV Cultura, como repórter.

Aos 25 anos, Emicida já era considerado uma das principais revelações do hip hop brasileiro. A consagração, no entanto, viria em abril de 2011, quando suas fronteiras musicais seriam expandidas definitivamente. Capa da revista Trip, ele atingiu um público que nunca teve muita identificação com o rap. Além disso, ele se apresentou em um dos principais festivais de rock dos Estados Unidos, o californiano Coachella. Em outubro, ao lado de Criolo, ele ainda foi um dos músicos mais premiados do VMB 2011.

Reunião
Suas trajetórias, apesar de serem ligadas diretamente à cena hip hop, são bem diferentes. No entanto, eles têm sido apontados como as duas principais revelações da música brasileira. A reunião entre os dois não deve deixar a desejar.

Serviço
Criolo + Emicida
5, 6 e 7 de janeiro – Venda de ingressos a partir das 14 horas, dia 16 de dezembro, em qualquer unidade SESC.
SESC Pompeia
Rua Clélia, 93 – São Paulo – SP
11 3871-7700


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