Congresso discute cenário energético brasileiro

 

“Por que a eficiência energética é importante?”, indaga Amilcar Guerreiro, diretor de Estudos Econômicos Energéticos e Ambientais da EPE (Empresa de Pesquisa Energética), para um público formado, em maior parte, por executivos, pesquisadores e estudantes do setor de energia durante o primeiro dia do Congresso Brasileiro de Eficiência Energética – COBEE. “O consumo de energia vai subir e esta é uma das razões. Temos que nos perguntar que país a gente está vivendo e que país a gente vivia há 25 anos. Estamos em um momento histórico, em que a população economicamente ativa é maior do que aquela de anos atrás. E este novo perfil sociodemográfico vai demandar mais energia”, afirmou.

Segundo Guerreiro, nos próximos dez anos, a projeção é que a demanda por energia cresça de 5 a 6 mil megawatts por ano. “Para você ter uma ideia do que é isso, nos últimos 50 anos, o Brasil, em média, colocou 2 mil MW novos em operação por ano”, completa. Para ele o crescimento é proporcional ao aumento da população, seu envelhecimento, assim como o aumento do potencial econômico. “Uma população que tenha mais acesso, vai exigir mais serviços elétricos”. Para o executivo, 5% da matriz energética na próxima década será resultado da economia do consumo, representando a quarta fonte de energia, acima da contribuição das energias hidráulica e de outras renováveis.

Em sua 11ª edição, o Congresso Brasileiro de Eficiência Energética, realizado em São Paulo, acontece em um ano em que se discutiu muito a possibilidade de um racionamento de energia, devido à escassez das chuvas para o período. Em um recente relatório feito pelo Conselho Americano por uma Economia com mais Eficiência Energética (ACEEE, na sigla em inglês), o Brasil aparece em 15º lugar entre os 16 maiores países do mundo em um ranking sobre eficiência energética, ganhando apenas do México. Na lista, a Alemanha aparece como o país mais eficiente do mundo, seguido pela Itália. De acordo com o relatório, a política energética no Brasil enfatiza a produção de energia renovável, deixando uma grande quantidade de eficiência energética intocada.

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