Galeria Bolsa de Arte recebe individual de Carlos Vergara

O artista plástio
O artista plástico Carlos Vergara/ Foto: Divulgação

As praias, lagoas e morros são belezas naturais “escancaradas” na paisagem do Rio de Janeiro. Não há como fugir. Matas e cachoeiras, um pouco mais escondidas, também atraem cariocas e turistas com frequência. Mas há lugares menos óbvios que passam despercebidos na cidade maravilhosa. E foi inspirado em alguns deles, os pântanos das lagoas da Barra, que o artista plástico Carlos Vergara, 72, criou os trabalhos que expõe agora em exposição individual em São Paulo.

“É impressionante, porque são lugares lindos, mas pouco vividos pelas pessoas. E eu acho que uma das funções da arte – se há função para a arte – é tentar revelar o invisível do visível”, diz Vergara. O artista faz questão de ressaltar, no entanto, que os pântanos não são o tema da exposição, mas apenas inspiração. “O meu assunto é pintura. O pretexto dela pode ser uma coisa ou outra, um lugar ou outro. Gosto de ter um assunto e desenvolver através da pintura, mas costumo dizer que estou pintando pintura”, explica.

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Quadro presente na mostra na Galeria Bolsa de Arte/ Foto: Divulgação

Com cerca de 20 obras recentes, sendo três esculturas e o resto quadros de grandes proporções, a mostra na Galeria Bolsa de Arte de São Paulo tem abertura nesta terça-feira, dia 29, às 19h, e segue em cartaz até 26 de agosto. Se a pintura é o foco, isso não impede o uso de outros materiais que não a tinta. Dando sequência a uma pesquisa que Vergara aprofundou nas últimas décadas, o artista se utiliza para criar as telas de materiais como pó de mármore, carvão triturado, resina e pigmentos trazidos de viagens. “Trata-se de uma afirmação da pintura como procedimento, mesmo quando inclui monotipia ou outra forma de registro”, diz ele.

Sobre a grande dimensão das obras, como uma tela de três metros de altura por seis de comprimento, o artista explica a motivação: “É um trabalho que te enfrenta. Você olha para o ele e não o domina todo, tem que mover a cabeça para ver”. Do enfrentamento, de fato, Vergara nunca quis fugir. Nem de inovar e buscar novos caminhos para seu trabalho: “A gente tem a sorte de vir depois dos dadaístas, dos cubistas… A gente ficou com o terreno liberado, não há limites. Vocês usa o material que quiser, o assunto que quiser, vale tudo!”.  

Serviço – Individual Carlos Vergara
Galeria Bolsa de Arte (Rua Mourato Coelho, 790)
De 30/7 a 26/8 
Grátis


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