Não sei se é proposital, nem se tem a ver com o alto índice de rejeição dos partidos políticos, o fato é que, depois de assistir a mais de uma dezena de clipes de candidatos às eleições deste ano, constata-se que nenhum deles bate no peito e diz: eu sou do partido tal. Todas as peças vendem o candidato e não o partido. Será coincidência?
O jingle da presidenta Dilma, que se chama Coração Valente, enaltece a candidata. No jingle tucano – no qual o nome PSDB aparece nas cenas de convenção nacional – o refrão repete “eu quero Aécio”. O de Eduardo Campos diz “eu vou com Eduardo e Marina” e não fala em PSB.
Tasso Jereissati, candidato ao senado no Ceará repete em seu jingle o número 456, o partido esconde. O jingle de Padilha, em São Paulo também vende a sua imagem “quem conhece curte, quem curte compartilha” e o PT só aparece na assinatura, em letras pequenas, só pra cumprir a lei eleitoral. Gleisi Hoffman, candidata ao governo do Paraná, ex-ministra chefe da Casa Civil de Dilma enfatiza o número 13 mas jamais cita o PT nem usa a cor vermelha do PT. Pezão, no Rio, usa e abusa do 15, mas não o associa ao PMDB. Como também escondem seus partidos Garotinho e Marcelo Crivella.
No Maranhão, Flávio Dino não diz que é do PCdoB, nem Lobão Filho diz de que partido é, só diz que é o número 15. No Rio Grande do Norte o candidato ao governo, atual presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves omite o PMDB em seu jingle e clip. E por aí vai. É no mínimo muito esquisito. Num país que tem 30 partidos políticos, o eleitor não vota em partidos.
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